O foguetão Falcon 9 da SpaceX voltou a explodir este domingo, quando tentava aterrar na vertical numa jangada. Esta tentativa (novamente) falhada aconteceu depois de a empresa ter conseguido, em dezembro de 2015, aterrar um foguetão na vertical sem quaisquer danos, em solo firme. O vídeo da aterragem deste domingo (e da explosão) foi partilhado pelo CEO da empresa, Elon Musk, na sua conta pessoal no Instagram:
No vídeo, pode ver-se o foguetão a aterrar na vertical. Mas depois do contacto com o solo, o Falcon 9 caiu e explodiu com o impacto. A empresa explicou que a queda deveu-se ao facto de uma das quatro “pernas” do foguetão não se ter fixado na plataforma de aterragem, o que levou ao desequilíbrio, relata a CNN. Na publicação que partilhou, o CEO da SpaceX sugeriu uma possível causa para esse desequilíbrio:
“A principal causa [para o insucesso na aterragem] pode ter sido uma acumulação de gelo formada a partir da condensação do denso nevoeiro [que se verificava] na descolagem”
A SpaceX está a tentar aterrar os foguetões na vertical, sem quaisquer danos, para os poder reutilizar mais tarde. Dado o elevado custo que têm, a possibilidade de os reutilizar após cada missão tornará a exploração espacial uma atividade significativamente mais barata. Desta feita, a SpaceX tentou aterrar o seu foguete Falcon numa plataforma localizada no mar: até agora, a empresa conseguiu apenas aterrar devidamente numa plataforma terrestre – mais estáveis.
Apesar da explosão, o primeiro (e principal) objetivo da SpaceX – o lançamento de um satélite – foi alcançado nesta missão, a que não foi dado qualquer nome oficial, segundo a CNN. O lançamento do foguetão ocorreu na Base da Força Aérea de Vandenberg, em Santa Bárbara (Califórnia), e o satélite colocado em órbita — chamado Jason-3 — servirá para medir os níveis dos oceanos, explicou a NASA, que foi uma das parceiras da SpaceX no projeto:
“Os dados do Jason-3 serão usados para monitorizar o aumento global dos níveis do mar, para investigar os impactos das ações humanas nos oceanos, para ajudar a prever a intensidade dos furacões e para ajudar à navegação dos operacionais da Marinha”
Esta foi a segunda missão bem-sucedida da SpaceX desde o desastre ocorrido em junho de 2015, quando um foguetão da empresa explodiu ao descolar. A nave, que não levava qualquer astronauta a bordo, transportava quase duas toneladas de comida e materiais com destino à Estação Espacial Internacional.