Já imaginou a última grande estrela de Hollywood,  Jennifer Lawrence, amante do histórico líder cubano Fidel Castro? Atualmente, já poucas coisas surpreendem, ainda que um romance deste género pareça altamente improvável. E é. Ele vai acontecer, mas apenas no grande ecrã.

Na grande tela poderemos assistir pois a um caso entre os dois porque Lawrence vai interpretar o papel de amante de Castro num drama de espionagem baseado em factos reais com o nome “Marita”, dá conta o jornal El Espanol.

A vencedora de um Globo de Ouro este ano e de um Oscar o ano passado será a protagonista da obra que representará a vida de Marita Lorenz, uma jovem espia nascida na Alemanha que com apenas 19 anos viveu um romance com Fidel Castro.

A vida de Marita Lorenz

Marita Lorenz nasceu na Alemanha em 1939 quando estalava o maior conflito de sempre – a Segunda Guerra Mundial. A partir desse dia a vida da americana nascida em terras germânicas é mesmo história para um filme: esteve num campo de concentração, foi violada aos sete anos de idade por um militar americano, foi amante de Fidel Castro, trabalhou para a CIA, conheceu gente envolvida no assassinato de John Kennedy, teve um filho de um ditador venezuelano, o general Marcos Pérez Jiménez. No fim de tudo recebeu ordens para matar o amante Fidel mas não o fez por amor, disse ela à revista Sábado.

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Mas a sua relação com o histórico revolucionário cubano é um misto de espionagem e amor. Marita diz que se apaixonou no momento em que viu Castro no navio do pai em 1959, quando tinha 19 anos, em Havana. No entanto, pouco tempo depois, andava a recolher documentação para enviar à CIA e ao FBI. A relação desenvolveu-se e engravidou tendo realizado um aborto mais tarde – Marita sempre alegou que foi forçada a fazê-lo.

Em 1960 recebeu dois comprimidos para colocar na comida de Fidel de maneira a envenená-lo. A amante do líder cubano diz que não o fez e que, inclusivamente, lhe contou tudo por causa do amor que sentia por ele. No entanto existe a versão de que Lorenz colocou os comprimidos no bolso o que os fez derreter impossibilitando-a de os utilizar. Apesar de tudo teve que deixar a ilha, tendo visitado Castro pela última vez em 1981.

Mas como confessa a própria Marita, na sua biografia citada pelo jornal i, a sua grande arma era mesmo o sexo: “Olho para trás e também vejo claramente que o sexo foi uma das minhas armas. Muita gente quis usar-me para isso e por vezes consenti-o, mas eu também podia usá-lo e fazia-os esforçarem-se. Tive de me fortalecer sozinha. Soube, desde que comecei a trabalhar (…) que estava num mundo de homens. Naquele tempo não havia outras mulheres operacionais. Só uma vez por outra contratavam alguma para levar a cabo uma missão específica, para que fizesse de secretária ou espiasse, embora nunca encontrasse uma amiga.”