Tanto Miguel Frasquilho como o Governo desmentem qualquer substituição antecipada na liderança da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal). Apesar de Frasquilho ter sido nomeado pelo Governo de Passos Coelho, a agência assegura que a relação entre o presidente da AICEP com a nova tutela é “exemplar”.

O jornal i desta quinta-feira apontava para uma saída prematura de Miguel Frasquilho, que só terminará o mandato em dezembro, apontando para a sua saída para abril. Contactados pelo Observador, tanto a AICEP, como o Ministério dos Negócios Estrangeiros – que atualmente detém a tutela desta agência – afirmaram que não havia qualquer intenção de saída antecipada. O Governo, através de fonte oficial do gabinete do ministro Santos Silva, diz mesmo que não está a ser equacionada a substituição de Frasquilho no seu atual cargo.

Por seu lado, a AICEP respondeu às questões do Observador, afirmando que “tal como sucedia no passado, a relação entre o Presidente da AICEP e a tutela é exemplar”. Na definição das prioridades da política externa até 2019, o ministro Santos Silva elegeu no Seminário Diplomático que decorreu no início do ano, a promoção da diplomacia económica como um dos principais objetivos. Miguel Frasquilho estava nas primeiras filas a assistir.

As Grandes Opções do Plano 2016-2019 que acompanham o Orçamento do Estado e foram conhecidas no início da semana indicam que a AICEP, sob a tutela do Ministério dos Negócios Estrangeiros e em coordenação com o Ministério da Economia, passará a ter “uma maior coerência e consistência” na convergência de políticas e promoção da internacionalização. O secretário de Estado responsável pela coordenação com a AICEP é Jorge Oliveira, responsável pela Internacionalização e sob a alçada de Santos Silva.

Frasquilho chegou à AICEP através da nomeação do Governo de Passos Coelho em abril de 2014. Antes disso, o presidente da AICEP desempenhava funções como deputado do PSD, sendo um dos deputados mais destacados nas questões relacionadas com orçamento e finanças. Foi também secretário de Estado do Tesouro e Finanças no Governo de Durão Barroso.

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