O cientista norte-americano Marvin Minsky morreu este domingo aos 88 anos na sequência de uma hemorragia cerebral num hospital na cidade de Boston, Estados Unidos, avançou esta terça-feira o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT). Minsky era considerado o “pai da inteligência artificial”, campo no qual desenvolveu diversas investigações que influenciaram a ciência moderna. O seu trabalho rendeu-lhe diversos prémios, como o Turing em 1969, um dos principais galardões da ciência informática, e uma medalha Benjamin Franklin do Franklin Institute em 2011.

“Minsky foi uma pessoa excecionalmente brilhante, criativa e carismática e o seu intelecto e imaginação brilharam no seu trabalho. As suas ideias ajudaram a moldar a revolução do computador que transformou a vida moderna ao longo das últimas décadas e ainda podem ser sentidas nos esforços modernos para a construção de máquinas inteligentes – um dos empreendimentos mais interessantes e importantes de nossa idade”, lê-se na declaração à imprensa do MIT.

O cientista nasceu em Nova Iorque a 9 de agosto de 1927, frequentou a Universidade de Harvard e fez o seu doutoramento em Matemática na Universidade de Princeton, onde conviveu com o cientista computacional John von Neumann. Em 1958, passou a integrar a equipa do Departamento de Ciência Informática e Engenharia Elétrica do MIT e, no ano seguinte, ajudou a fundar o Laboratório de Inteligência Artificial, onde desenvolveu o seu trabalho até dias antes da sua morte, descreve a instituição.

Entre as contribuições de Minsky para a inteligência artificial, encontram-se a construção de braços e garras robóticas, sistema de visão computacional, um microscópio de varredura confocal, um sistema de aprendizagem eletrónica que simula o funcionamento de uma rede neural a partir de estímulos visuais, além de livros e artigos sobre os aspetos filosóficos deste campo de estudo.

O norte-americano tinha uma visão “filosoficamente positiva” sobre a inteligência artificial. Segundo conta o MIT, Minsky acreditava que “no futuro as máquinas poderiam pensar” e que “poderiam eventualmente oferecer uma maneira de resolver alguns dos maiores problemas da humanidade”.

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