A abertura de um inquérito para investigar alegados resultados combinados e que envolveriam vários jogadores do ‘top-50’ mundial “é algo sem precedentes” que juntou as mais altas instâncias da modalidade, disse hoje o presidente da associação de tenistas.

“É algo sem precedentes, em que os principais responsáveis do ténis se uniram com rapidez e um só propósito, que é restaurar a confiança pública no nosso desporto”, afirmou o presidente da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), Chris Kermode, em conferência de imprensa.

Nesta conferência, em Melbourne, onde decorre o Open da Austrália, estiveram também o presidente da Federação Internacional de Ténis, David Haggerty, e o líder da Unidade da Integridade do Ténis, Philip Brook.

Chris Kermode explicou que a investigação será liderada pelo britânico Adam Lewis, especialista em legislação desportiva, que estará acompanhado por mais dois elementos, ainda a designar. “Este painel poderá investigar tudo e falar com quem entender. Não haverá prazos para a conclusão do inquérito. Demorará o tempo que for necessário”, esclareceu o presidente da ATP.

A 17 de janeiro, na véspera do início do Open da Austrália, primeira prova do ‘Grand Slam’ da temporada, a BBC revelou que 16 tenistas que integraram o ‘top-50’ mundial na última década, incluindo vencedores de ‘majors’, estiveram envolvidos em jogos com resultados combinados.

A cadeia de televisão britânica sustenta as alegações com o acesso a ficheiros secretos, nos quais se inclui uma investigação iniciada pela ATP, em 2007.

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