A reportagem tinha três minutos, chamava-se “Casada outra vez?” e foi emitida no programa “Itogui dnia” no canal NTV, apenas para o Extremo Oriente russo. A peça investigava o possível casamento de Lyudmila Pútina, ex-mulher do presidente da Rússia, Vladimir Putin, com o diretor do Centro de Comunicações Interpessoais, Artur Ocheretni. No entanto, segundo noticia o jornal El País, o resto da Rússia não teve a oportunidade de assistir a reportagem: a peça não voltou a ser emitida nas outras exibições do programa para o resto do país e não foi publicada no site do programa. Ainda se desconhece o motivo.

Segundo o El País, a origem da reportagem está num trabalho publicado na revista Sobesédnik titulado “Lyudmila já não é Pútina. Qual sobrenome tem agora a ex-primeira dama?”. A peça analisa as mudanças de proprietário de um antigo apartamento do presidente da Rússia em São Petersburgo.

De acordo com o Registo Estatal citado pela revista, o apartamento foi comprado pela família Putin em janeiro de 1995. Três anos depois, passou ao nome de Yekaterina Skrébneva, mãe de Lyudmila. No início de 2015, a propriedade foi transferida para Olga Tsomáyeva, irmã da ex-primeira dama, e em setembro do mesmo ano é registado como parte do património de uma mulher de nome Lyudmila Alexándrovna Ocherétnaya, que coincidentemente tem o mesmo nome, data e local de nascimento da ex-primeira dama russa, com o acréscimo do sobrenome do seu alegado novo marido.

A revista cita ainda que no documento de identidade de Lyudmila no termo de propriedade do apartamento a data de expedição é de 2 de fevereiro de 2015, o que levanta suspeitas que o casamento deve ter ocorrido um pouco antes desta data.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou ao El País que não pode comentar a vida privada da ex-primeira dama ou do presidente do país. Artur Ocheretni também não quis comentar o assunto. Vladmir Putin e Lyudmila anunciaram a sua separação em 2013.

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