Uma campanha contra o uso do corpo das mulheres nos anúncios está a correr mundo. São usados exemplos e um tom sarcástico e cru. Dizem elas: “Adoro fazer br… [sexo oral] a sandwiches“, ou “adoro sacrificar a minha dignidade por uma bebida”, e ainda “adoro dormir com homens que não sabem o meu nome”. Estes são alguns exemplos da razão pela qual esta campanha está a fazer correr tanta tinta. É que critica, e muito, o recurso à sexualidade para vender produtos e marcas.
A campanha nasceu, conta a WWD, da simples tarefa de alguém ir ao Google pesquisar por “objetificação da mulher”. Não foi assim tão difícil encontrar exemplos discutíveis, com decotes, formas e lábios. O objetivo da autora da campanha, Madonna Badger, da agência Badger & Winters, é dar o pontapé de saída na discussão da sexualidade na publicidade.
A campanha, com o nome We are #WomenNotObjects, foi publicada no YouTube de forma anónima, para testar o impacto da coisa. Passadas poucas semanas já caminha para o milhão e meio de visualizações. No Twitter tem havido muitas reações, com recurso à hashtag #WomenNotObjects. “Agora estamos a admitir que fomos nós quem a publicou”, disse Badger à Woman’s Wear Daily. “(…) Porque estamos a tomar uma posição em que não voltaremos a objetificar a mulher novamente em nenhum anúncio, conteúdo e publicações — em qualquer forma de comunicação que fazemos para qualquer dos nossos clientes.”
No fim do vídeo da campanha pode ler-se algo tão singelo como: “Eu sou a tua mãe, filha, irmã, colega, CEO. Não fales para mim assim.” Ou seja, pretende ser o murro no estômago para quem aprecia ou pensa neste tipo de publicidade. Mas irá mudar? Bom, segundo a WWD, apenas 11% dos criativos que trabalha em publicidade são mulheres.
O Twitter foi acompanhando a tendência e foi sendo inundado por pessoas e artigos a dissertar sobre a temática:
Filter four for identifying objectification | #JoinTheConversation #WomenNotObjects pic.twitter.com/xqRfgyXS3e
— WomenNotObjects (@Not_Objects) January 28, 2016
Advertising agency makes pledge never to objectify women in anything they produce: https://t.co/HYlm7o3J8w pic.twitter.com/sgobf3TpHR
— New York Magazine (@NYMag) January 28, 2016
#WomenNotObjects ignites crucial advertising industry conversation https://t.co/Xc84mfvHKI pic.twitter.com/zuyoOUBKCL
— Ad Age (@adage) January 27, 2016
The Major Thing We All Thought We All Knew About Advertising Was Just Proven Wrong. https://t.co/axvbX25qct pic.twitter.com/zc6MvZhrEZ
— GOOD (@good) January 27, 2016
One creative agency campaigns against objectifying women in media with #WomenNotObjects: https://t.co/JgocL2n9Ar pic.twitter.com/TMCEdN6xxZ
— Fast Company (@FastCompany) January 26, 2016
A new video proves how deeply rooted sexism is in advertising: https://t.co/rJrrwnyYhb pic.twitter.com/uqTgmgMFnB
— A Plus (@aplusapp) January 23, 2016
There's a difference. #WomenNotObjects #JoinTheConversation pic.twitter.com/TAh9g2IGRs
— WomenNotObjects (@Not_Objects) January 23, 2016