O Presidente de Cuba, Raul Castro, inicia esta segunda-feira uma visita de Estado de dois dias a França, consagrando assim uma nova etapa na normalização das relações da ilha com os países ocidentais.

Esta viagem será a primeira de um chefe de Estado cubano a França desde a realizada pelo seu irmão Fidel Castro, em 1995, na reta final da Presidência de François Mitterrand.

A visita de Castro a França ocorre depois de o atual Presidente francês, François Hollande, ter estado em Cuba em maio de 2015, tendo sido o primeiro chefe de Estado ocidetal a pisar solo cubano desde 1959.

O líder cubano chegou a Paris no sábado, mas a sua agenda oficial inicia-se esta segunda-feira, dia em que a ministra do Ambiente francesa, Ségolène Royal, o irá receber com todas as honras no Arco do Triunfo.

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Castro e Hollande vão reunir-se às 16h00 (15h00 em Lisboa) no Eliseu, estando prevista, cerca de uma hora depois, a assinatura de uma dezena de acordos e uma declaração conjunta aos órgãos de comunicação social. Um “jantar de Estado” fechará a cimeira franco-cubana.

A visita de Castro prossegue na terça-feira com encontros com os presidentes da assembleia nacional e do Senado, com o primeiro-ministro, Manuel Valls, e com a presidente da câmara de Paris, Anne Hidalgo.

França, segundo o Eliseu, pretende-se afirmar como o “principal parceiro” político e económico europeu de Cuba.

Inúmeras empresas francesas têm investido em Cuba, mas com um volume de aproximadamente 180 milhões de euros anuais, as trocas comerciais continuam num nível muito baixo.

“Ainda não estão à altura das nossas ambições”, reconheceu na sexta-feira o ministro do Comércio Externo francês, Matthias Fekl.