Desde maio de 2015 que as taxas de juro pagas pelos bancos nos depósitos a prazo são inferiores ao aumento dos preços. Os mais de 40 mil milhões de euros aplicados por particulares em depósitos até um ano rendem, em média, menos do que a taxa de inflação nacional.

As estatísticas mais recentes do Banco de Portugal indicam que, em novembro passado, as taxas de juro anuais líquidas de IRS eram, em média, de 0,60% nos novos depósitos até um ano. Para o mesmo mês, o Instituto Nacional de Estatística divulgou uma taxa de inflação de 0,64%.

Taxa anual líquida média dos novos depósitos a prazo até um ano vs taxas de inflação homóloga.

É provável que, desde novembro, as taxas de juro tenham baixado. Os clientes do Banco BPI que forem aos balcões da instituição financeira constituir agora depósitos a prazo recebem propostas de taxas nulas. A Caixa Geral de Depósitos, o banco com mais recursos de clientes, não dá taxas anuais líquidas superiores a 0,14% à maioria dos seus clientes.

O Observador foi à procura dos depósitos a prazo mais generosos em comercialização atualmente na banca portuguesa.

Ganhar mais do que a inflação esperada

O objetivo é o de conseguir que o dinheiro capitalize a uma taxa superior à inflação. O Banco de Portugal projeta uma taxa de inflação de 1,1% para 2016, por isso só deve aceitar depósitos a prazo até um ano que paguem taxas anuais líquidas superiores a 1,1% (o que se traduz em taxas anuais nominais brutas acima de 1,53%).

Apenas sete bancos – BNI Europa, Atlântico Europa, Banco Best, Banco Carregosa, Big, ActivoBank e Banco Invest – conseguem bater a inflação projetada. Conheça os seus depósitos.