João Monteiro e Tiago Apolónia apuraram-se para os quartos de final da Taça da Europa em ténis de mesa, que decorre em Gondomar, num dia em que o favorito Marcos Freitas acabou eliminado.

Marcos Freitas, um dos favoritos à conquista do torneio, acabou eliminado mercê das duas derrotas averbadas, seguindo o mesmo caminho da única participante portuguesa no quadro feminino, Leila Oliveira, que perdeu os três jogos no seu grupo.

Vencedor da competição em 2014, Marcos Freitas abriu o dia no grupo 3 com uma derrota ante o alemão Bastian Steger (39.º) por 3-2 (8-11, 7-11, 11-7, 11-7 e 11-7), corrigindo no segundo jogo, frente ao austríaco Robert Gardos, derrotando o 25.º mundial por 3-0 (15-13, 12-10 e 11-8).

O atleta madeirense, terceiro cabeça de série e 11.º do ‘ranking’ mundial, enfrentou no jogo decisivo o sueco Kristian Karlsson (44.º) e tinha mesmo de vencer para aspirar à qualificação, mas, ao perder por 3-1 (11-9, 12-10, 8-11 e 9-11), saiu de forma precoce de uma prova em que era um dos favoritos.

No final, o atleta madeirense afirmou que “este foi, provavelmente”, o seu “pior torneio dos últimos dois ou três anos” e que, por “ter aspirações altas”, saiu desiludido de uma competição que começou com uma derrota e depois com uma vitória, mas em que não conseguiu superar no derradeiro jogo “um adversário que foi melhor”.

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Competindo no grupo 4, Tiago Apolónia, oitavo pré-designado e 26.º da hierarquia mundial, começou por impor-se ao alemão Ruwen Filus (42.º), derrotando-o por 3-2 (11-9, 11-8, 6-11, 9-11 e 11-8) e posicionou-se para o apuramento para os quartos de final, ao bater o croata Andrej Gacina (18.º) por 3-1 (11-7, 11-9, 9-11 e 11-1).

Frente ao russo Alexander Shibaev (32.º), Apolónia buscava o pleno de vitórias e conseguiu-o, ganhando por 3-2 (11-5, 9-11, 11-9, 7-11 e 11-8) para consumar o seu primeiro objetivo na prova, a passagem à fase a eliminar.

“Foi um dia perfeito, três jogos e três vitórias”, sublinhou o jogador português, que agora aspira a conseguir uma classificação que lhe permita “a qualificação para a Taça do Mundo” – terá de ficar num dos três primeiros lugares.

“Amanhã [sábado], os oito vão estar motivados, mas também eu irei estar”, frisou.

João Monteiro, 45.º do ‘ranking’, abriu o grupo 1 com uma derrota por 3-2 (6-11, 11-9, 6-11, 11-5 e 13-11) com o grego Panagiotis Gionis, 22.º da hierarquia. No segundo jogo, frente ao francês Simon Gauzy, (27.º), Monteiro esteve a vencer por 2-0, permitiu a igualdade, mas acabou por triunfar por 3-2 (11-6, 11-8, 8-11, 11-13 e 11-6).

Frente ao campeão em título, o alemão Dimitrij Ovtcharov, o português tinha de ganhar para aspirar a um lugar nos quartos de final, frente a um adversário que não havia perdido nos dois jogos anteriores qualquer ‘set’ acabando por vencer por 3-2 (11-7, 11-8, 9-11, 9-11 e 11-9), e lograr o apuramento.

Em declarações após o triunfo que lhe permitiu passar em primeiro lugar no grupo, João Monteiro mostrou-se satisfeito com a proeza de ter batido “o melhor jogador europeu dos últimos tempos”, mas lamentou “não ter vencido todos os jogos” e concluiu afirmando “esperar no sábado manter a boa forma e continuar a ganhar”.

O primeiro dia de competição abriu com a derrota esperada, no grupo 1 do quadro feminino, de Leila Oliveira, 285.ª do ‘ranking’ mundial, por 3-1 (9-11, 11-2, 11-8 e 11-2), diante da russa Polina Mikhailova (47.ª), seguindo-se à tarde novo desaire frente à austríaca Sofia Polcanova (68.ª), por 3-2 (13-11, 8-11, 11-6, 8-11 e 11-8).

A mesatenista portuguesa fechou a sua participação diante da romena Elizabeta Samara, principal favorita, com quem perdeu por 3-1 (11-7, 7-11, 11-4 e 11-9).

No dia em que festejou o 26.º aniversário, Leila Oliveira minimizou as três derrotas “frente a adversárias de grande qualidade”, preferindo considerar “um privilégio e a melhor prenda que podia ter estar a competir com as melhores da Europa”.