Os deputados do Partido Social Democrata (PSD) eleitos pelo Porto pediram hoje esclarecimentos ao Governo sobre a reaquisição de ações da companhia aérea TAP e sobre a estratégia para o aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Em comunicado, o presidente da distrital do Porto do PSD, Virgílio Macedo, disse ser “imprescindível que o Governo esclareça qual o seu posicionamento relativamente à estratégia da TAP para o aeroporto do Porto”.

O dirigente distrital do PSD disse ainda esperar que “os autarcas do distrito e da região Norte acompanhem o PSD do Porto nesta sua iniciativa sobre uma matéria em que, publicamente, manifestaram a sua indignação e preocupação no que concerne à devida salvaguarda dos interesses do aeroporto Francisco Sá Carneiro como infraestrutura de relevo do noroeste Peninsular”.

O também deputado lamentou que “a região Norte continue a ser alvo constante da desconsideração dos agentes económicos, sendo imperativo que o Governo revele real interesse no investimento de políticas de ação para a sua defesa”.

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O Governo de António Costa vai pagar 1,9 milhões de euros para o Estado ficar com 50% da TAP (em vez de 34%), resultado das negociações com o consórcio Gateway, que tinha 61% do capital da companhia e que agora fica com 45%, podendo chegar aos 50%, com a aquisição do capital à disposição dos trabalhadores.

O primeiro-ministro reiterou hoje que a intervenção do Estado na TAP se vai fazer “ao nível estratégico” e não em termos de gestão quotidiana, mas sublinhou haver margem para intervir sobre a manutenção de uma base no Porto.

Questionado por um dos presentes numa sessão de esclarecimento organizada pelo Partido Socialista (PS) que hoje decorreu no Porto sobre o Orçamento do Estado 2016, António Costa lembrou que “o Estado vai ter uma intervenção ao nível estratégico e não ao nível da gestão do dia-a-dia da empresa”.

“Mas no nível estratégico colocam-se quer a fixação dos ‘hubs’ quer a fixação de algumas rotas estratégicas quer a manutenção no Porto de uma base aeroportuária ativa e que favoreça toda a região”, declarou o primeiro-ministro.