José Manuel Durão Barroso não deixa de parte a possibilidade de uma “guerra generalizada” e, dentro deste conceito, está claro que inclui a possibilidade de uma guerra mundial. Tudo isto porque, em entrevista à Revista XXI da Fundação Francisco Manuel dos Santos, o antigo primeiro-ministro português defende que o mundo está ainda à procura de uma ordem política pois “não está estabelecida uma ordem suficientemente clara nesta era da globalização”. Ou seja, Durão Barroso explica que “o conflito e a guerra fazem parte da história humana” e, por isso, não se pode “colocar no catálogo das coisas impossíveis uma guerra generalizada. Pelo contrário, guerras generalizadas são hoje uma possibilidade”. Para além disso, as constantes “guerras regionais” e “muitas guerras civis” são também “um fator de risco”.

Sobre Schengen, na opinião do ex-presidente da Comissão Europeia, o fim destes acordos têm uma consequência: “A vitória dos terroristas”. Por isso, Barroso não tem dúvidas em afirmar que a melhor solução para a Europa é “reforçar a sua fronteira externa, mas é uma completa ilusão e demagogia dizer que se conseguem melhores resultados pelo encerramento de fronteiras internas”, aproveitando, desta maneira, para elogiar as políticas da chanceler alemã Angela Merkel.

No entanto, o político avisa para um perigo em concreto e aponta o exemplo do outro lado do Atlântico: a xenofobia e Donald Trump: “Veja-se o que se passa nos EUA, onde no campo republicano há um candidato com um discurso populista, xenófobo, com tons racistas, e que lidera as sondagens…”

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