A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defendeu hoje que a entrada de capital estrangeiro na TAP não defende os interesses da companhia aérea nacional, nem ajuda o país.

A líder bloquista reiterou a posição do partido que entende que a TAP deve ser pública, em reação a notícias sobre a possível entrada de capital chinês na empresa depois do acordo com os privados em que o Estado ficou com 50 por cento das ações.

“Achamos que o capital privado estrangeiro na TAP não ajuda o país, só desajuda e, portanto, seja ele chinês ou norte-americano consideramos que está a mais na TAP, a TAP precisa sim de ser pública”, insistiu, em Bragança, à margem de uma visita de deputados do partido ao estabelecimento prisional local.

Para o BE, a companhia aérea “só serve o interesse público se for do Estado, não vem nenhum mecenas privado, seja ele dos Estados Unidos, do Brasil ou da China, resolver as questões de interesse público para ligar Portugal às suas comunidades de emigrantes ou para fazer as exportações da economia portuguesa”.

“Essa é uma responsabilidade pública, é o Estado que deve assumir e deve assumir tendo o capital integral da TAP”, defendeu.

Catarina Martins sustentou que esta questão percebe-se quando se discutem “questões de interesse público sobre a ligação das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo ao país, como acontece, por exemplo, quando o Porto deixa de ter voos diretos para cidades onde há tantos emigrantes portugueses “.

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