Uma criança de 19 meses morreu e outra de quatro anos está desaparecida depois de caírem ao rio Tejo em Caxias (Oeiras), revelou ao Observador o comandante Malaquias Domingues, da Capitania do Porto de Lisboa. A primeira foi resgatada na segunda-feira à noite, mas, segundo o responsável, morreu no local. As buscas foram retomadas na manhã desta terça-feira para encontrar a criança de 4 anos.

A queda ao rio deu-se na segunda-feira e envolveu três pessoas, uma mulher e duas crianças. A mulher, mãe dos menores, de 37 anos, foi resgatada e “evacuada para o hospital em estado avançado de hipotermia”, tendo reportado o desaparecimento das duas crianças, segundo revelou ao Observador o comandante Domingues. Ambas as crianças eram do sexo feminino.

Segundo o comandante Malaquias Domingues, uma testemunha ocular viu uma mulher a sair da água, em estado de pânico, dizendo que as suas duas filhas estavam dentro de água. A testemunha contactou as autoridades cerca das 20h53 de segunda-feira, tendo sido destacados para o local meios da PSP, Polícia Marítima, INEM e dos bombeiros de Paço de Arcos. Segundo a Polícia Marítima, à hora do acidente o rio estava muito calmo e não havia vento.

As autoridades estão agora a tentar aproveitar a maré baixa para localizar o corpo da criança desaparecida, que poderá ter ficado preso numas rochas a não muita distância do areal. Foram mobilizadas para o local equipas de busca por terra e por mar, com duas lanchas, bem como mergulhadores forenses. As buscas chegaram a ser interrompidas a meio da tarde, devido ao ferimento de um mergulhador, mas foram depois retomadas,

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A mãe das duas meninas foi assistida no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, e foi de seguida questionada pelas autoridades. Na sexta-feira passada, o pai reportou o desaparecimento das duas crianças.

Começam entretanto a surgir várias notícias sobre o caso: o casal estaria em processo de divórcio, conta o DN, tratar-se-á de um processo de violência doméstica e as duas crianças estariam sinalizadas pela proteção de menores. O Público fala mesmo numa queixa, datada de novembro do ano passado, de abusos sexuais por parte do pai.

O Expresso refere que o pai das crianças estava a ser investigado desde novembro pelos crimes de violência doméstica e abuso sexual de crianças. Segundo informações da Procuradoria-Geral da República, a Polícia de Segurança Pública tinha inclusive um plano de segurança para a mulher e filhas, embora se desconheçam quais as medidas que foram adotadas nesse sentido.