O Tribunal de Coimbra começa a julgar na quinta-feira um jovem de 20 anos que pertencia aos Bombeiros Voluntários de Condeixa-a-Nova e que está acusado de atear vários fogos entre março e maio de 2015.

O jovem, que esteve nos Bombeiros Voluntários de Condeixa-a-Nova entre 2013 e maio de 2015, é acusado pelo Ministério Público de 12 crimes de incêndio florestal agravado.

Segundo a acusação a que a agência Lusa teve acesso, o ex-bombeiro, após atear os fogos, “dirigia-se para o quartel” dos bombeiros de Condeixa-a-Nova e comunicava, por telefone, ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra as ocorrências, participando depois ativamente no combate aos incêndios.

O arguido, residente em Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, terá ateado o primeiro fogo a 09 março de 2015, tendo ardido nesse dia 100 metros quadrados de mato, num incêndio combatido por cinco bombeiros voluntários de Condeixa.

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Por várias vezes, o jovem terá ateado mais do que um foco de incêndio no mesmo dia, normalmente à tarde.

Os incêndios, em local de mato e de pinhal, mobilizaram por diversas vezes mais de sete bombeiros e duas viaturas, não tendo nunca atingido grandes proporções.

O incêndio de maiores dimensões ocorreu a 16 de maio, dia em que o arguido terá ateado dois focos de incêndio em zona de pinheiro e eucalipto, próxima de localidades, que mobilizou 30 bombeiros e nove viaturas (três das quais sofreram danos no combate ao incêndio) de Condeixa-a-Nova, Soure, Penela, Brasfemes e Montemor-o-Velho.

Nesse dia, arderam cerca de 2,3 hectares de floresta.

O jovem tem como medida de coação obrigação de permanência na habitação sem vigilância eletrónica, através de controlo pela autoridade policial.

O julgamento começa na quinta-feira às 14:00.