O Ministério da Saúde espanhol aumentou esta segunda-feira para 23 os casos de vírus zika no país, entre os quais se encontram duas grávidas. Os casos foram confirmados no Centro Nacional de Microbiologia do Instituto de Saúde Carlos III e todas as pessoas foram infetadas em outros países.

Entre os 23 casos, oito foram diagnosticados na Catalunha, cinco em Madrid, três em Castela e Leão, dois em Aragão, dois nas Astúrias e um na Andaluzia, Múrcia e Navarra. O 24º caso terá sido identificado na Catalunha e consta no balanço semanal do Departamento de Saúde do governo autónomo da Catalunha (Generalitat), apesar de não ter sido confirmado pelo governo espanhol, segundo relata o jornal El Mundo.

A diferença no número total de casos, no entanto, está dentro das previsões das autoridades, que esperam 200 a 250 casos importados de zika no país. Todos estão a ser vigiados pelo governo espanhol.

O Ministério da Saúde confirmou ainda esta segunda-feira que já ativou um protocolo de acompanhamento para gestantes com zika, em parceria com a Sociedade Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia. O protocolo prevê que todas as mulheres grávidas com sintomas compatíveis com o vírus deverão fazer testes de sangue e urina para confirmar a infeção. Se os resultados forem positivos, as gestantes terão de fazer uma ecografia a cada duas semanas para monitorar o crescimento fetal e a possibilidade de microcefalia.

De acordo com o El Mundo, o protocolo do ministério “não faz nenhuma referência explícita à possibilidade de que as mulheres com um bebé afetado por microcefalia possam submeter-se a um aborto dentro dos prazos legais estabelecidos pela lei espanhola”.

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