O Partido Ecologista Os Verdes anunciou este sábado, no Porto, que vai votar a favor do Orçamento do Estado 2016 na generalidade, apesar das “limitações externas” e de “algumas insuficiências” daquele documento.

“Os Verdes (…) decidiram votar a favor do Orçamento do Estado para 2016 na generalidade, mas isto não nos vai inibir de apresentar propostas da especialidade que nós consideramos justas e que começamos a partir de hoje a trabalhar”, declarou o deputado José Luís Ferreira, em conferência de imprensa, que decorreu na Baixa da cidade do Porto.

Os Verdes estiveram reunidos em Conselho Nacional, o órgão máximo entre convenções. O Orçamento começa a ser discutido na segunda-feira e será votado na generalidade na terça-feira.

José Luís Ferreira observou, no entanto, que o Orçamento “continua preso a fortes condicionantes externos, nomeadamente no que diz respeito à dívida pública”.

“Os Verdes continuam a entender ser absolutamente necessário renegociar [a dívida] porque de facto a dívida pública continua, não só a sufocar o país, como também a ser um entrave ao desenvolvimento económico do nosso país”.

Mais: “Os Verdes consideram que, apesar das limitações externas e de algumas insuficiências deste Orçamento do Estado, ele enquadra-se dentro dos parâmetros de uma posição conjunta que foi subscrita entre os Partido Socialista e o Partido Ecologista”.

Questionado pela Lusa sobre se esta tomada de posição serve para se demarcarem do PCP, o deputado José Luís Ferreira afirmou desconhecer se o Partido Comunista Português já teria tomado uma posição sobre a sua posição em relação ao Orçamento na generalidade, mas assumiu que se houver algum “desvio” não há “nenhum mal nisso”.

“Não sei se há desvio, se há, paciência. Não há nenhum mal nisso”, declarou, recordando que concorreram no âmbito da CDU, mas a coligação para as legislativas termina depois do “ato eleitoral e, portanto, Os Verdes têm a sua postura própria e o seu ponto de vista próprio e não estão à espera que outro partido decida para decidirmos”, afirmou, reiterando que se houver desvio [na intenção de voto] “não há qualquer problema sobre isso”.

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