9 de janeiro de 2016. Foi nesta data que a rainha Sofia de Espanha apareceu em público pela última vez, quando participou na festa do 95º aniversário do grão-duque Jean, do Luxemburgo. Dois dias depois, a filha Cristina sentou-se pela primeira vez no banco dos réus no caso em que o ex-marido, Iñaki Urdangarin, é o principal arguido, suspeito de ser o centro de uma rede de corrupção, branqueamento de capitais e fuga ao Fisco.

Os dois factos não são simples coincidência. Desde que Juan Carlos abdicou, em junho de 2014, os reis eméritos preferiram afastar-se das luzes mediáticas, mas Sofia teve um abrupto desaparecimento da vida pública espanhola, como nota o El Mundo. Enquanto o pai de Felipe não esconde que está a aproveitar ao máximo a liberdade da nova vida (passou o ano em Los Angeles, já esteve entretanto na Florida e tem passeado um pouco por toda a Espanha), doña Sofia deixou de ter agenda oficial em novembro passado e ninguém parece saber ao certo onde anda, apesar de parecer quase certo que tem dedicado muito tempo aos netos.

“A rainha está a viver um calvário ao ver a sua filha no banco dos réus como uma delinquente, algo que não concebe, porque pensa que ela está absolutamente inocente”, explica uma fonte da Casa Real ao El Mundo. Só que o assunto tem de ser tratado com pinças, porque qualquer demonstração de apoio a Cristina pode prejudicar o outro filho, Felipe, o rei, que tem muito com que se preocupar enquanto não houver novo governo de Espanha.

Assim, Sofia tem aproveitado os últimos meses para fazer “viagens secretas a Genebra” para visitar os netos e à Grécia para estar com os irmãos, uma vez que é originária daquele país. Com Juan Carlos, nunca mais foi vista em público e é claramente assumido por quem lida com os assuntos da Casa Real que os dois têm agendas separadas.

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