O Orçamento é a prioridade, mas “não há temas proscritos”, diz o líder parlamentar do PS quando confrontado com a insistência dos parceiros da esquerda, PCP e BE, na renegociação da dívida. Os socialistas já a recusaram por completo, mas agora dizem que depois da “prova” do Orçamento não descartam a “revisão dos compromissos dos países devedores”.

“Não há nenhuma questão que o PS não aceite discutir. Tudo é discutível”, disse Carlos César em declarações aos jornalistas, depois de encerrado o primeiro dia de debate do Orçamento do Estado, acrescentando logo de seguida que “não há temas proscritos”. Mas o líder da bancada do PS também disse que “a prioridade é um Orçamento que proporcione ao país uma melhoria dos rendimentos das pessoas e da situação das empresas, do crescimento da economia, do emprego e contas públicas saudáveis”.

É “depois de fazer esta prova”, que o PS admite estar “de certeza em condições para reforçar aquilo que é hoje uma questão central no debate europeu, que é a revisão dos compromissos dos países devedores que estão numa situação em que os seus encargos são muito inibidores do seu crescimento e da sua convergência no Parlamento Europeu”.

O tema foi várias vezes colocado no decorrer do debate parlamentar, mas nunca teve qualquer resposta de António Costa, acabando por ser o líder parlamentar a dá-la, já fora do plenário e depois de confrontado pelos jornalistas.

Carlos César também falou no apelo deixado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros numa entrevista ao jornal Público, reforçando o mesmo. “Não há aqui um apelo a uma coligação ou aliança espúria, mas apenas o apelo a que o PSD regresso ao país, regresso ao país real e não seja um partido excluído da vida parlamentar e da política como se está a autopropor não apresentando qualquer proposta de alteração ao Orçamento”.

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