A Coreia do Sul responde às ameaças da Coreia do Norte com mais ameaças. A tensão entre as duas Coreias está num nível alto. A Coreia do Sul advertiu a Coreia do Norte de que qualquer provocação pode acelerar o “colapso do seu sistema ditatorial”, em reposta à ameaça de possíveis “ataques preventivos” contra Seul e Washington por parte de Pyongyang.

O Estado-Maior Conjunto de Seul manifestou hoje, através de comunicado, a sua determinação em levar a cabo “duras represálias” se Pyongyang cumprir a sua ameaça.

A Coreia do Norte ameaçou, na terça-feira, realizar “ataques preventivos” perante qualquer tentativa de acabar com o regime de Kim Jong-un, numa referência aos exercícios militares conjuntos que Seul e Washington vão realizar no próximo mês.

Em comunicado, o comando supremo do exército da Coreia do Norte garantiu que vai entrar “em modo preventivo para fazer recuar as forças inimigas, se houver o mais pequeno sinal de operações especiais”.

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O aviso, publicado em inglês pela agência estatal norte-coreana KCNA, garantiu que os “principais objetivos” do exército norte-coreano serão o gabinete e a residência oficial da Presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye.

O porta-voz presidencial de Seul, Jeong Yeon-Guk, qualificou o ultimato da Coreia do Norte de “provocação retórica” e reiterou que Pyongyang “deve ser plenamente responsável por todas as situações que resultem” das suas ameaças.

Seul e Washington vão realizar o maior dos exercícios militares conjuntos até final do próximo mês, num momento de tensão na península da Coreia, na sequência de um teste nuclear, em janeiro, e do lançamento de um foguetão espacial, realizados por Pyongyang.

A 06 deste mês, a Coreia do Norte lançou o que afirmou ser um foguetão para colocar um satélite no espaço, mas que a comunidade internacional considerou tratar-se de um teste de um míssil de longo alcance.