A agência de rating Moody’s afirmou esta quinta-feira que a entrega de uma versão revista do Orçamento do Estado a Bruxelas (e a aprovação no Parlamento) contribui para melhorar a credibilidade do governo, algo que é um fator positivo para o risco de crédito de Portugal porque contém uma “inversão” do rumo e previsões económicas “mais realistas” do que o primeiro esboço entregue a Bruxelas.

A declaração consta de uma nota divulgada esta quinta-feira intitulada Portugal’s Approval of Revised 2016 Budget Improves Fiscal Credibility, a Credit Positive.

No curto documento, pode ler-se que a aprovação de uma nova versão do Orçamento “ilustra a capacidade e a disponibilidade do governo para inverter o rumo e definir uma trajetória orçamental mais realista do que a que o governo tinha apresentado no primeiro esboço orçamental, apresentado no início de fevereiro”.

A notícia da aprovação do Orçamento também é “positiva” para a Moody’s porque “elimina o risco de eleições antecipadas, algo que aconteceria caso houvesse um voto negativo por parte dos partidos da esquerda”.

O mais importante para a Moody’s, contudo, é que “a versão do Orçamento que foi aprovada se desvia de forma significativa do esboço original, depois de negociações intensas com a Comissão Europeia”. Ainda assim, a Moody’s antecipa que “o défice orçamental irá, no final de contas, exceder o objetivo do governo“, que é de 2,2% do PIB, porque a agência acredita que o crescimento será menor do que o governo prevê.

Apesar de considerar a aprovação do Orçamento revisto um fator “positivo” para a notação de risco de Portugal, o rating continua a ser de Ba1, com perspetiva estável, uma notação que continua num nível considerado de alto risco – vulgo, lixo

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