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Wild Pitch do Red Frog

Rua do Salitre, 5A (Avenida da Liberdade). 21 583 1120. Todos os dias, das 18h às 02h (sexta e sábado até às 04h)

Abriu em maio do ano passado, com um conceito inédito na cidade, o de bar speakeasy — que remonta à época da proibição, nos Estados Unidos — e um objetivo ambicioso: em três anos chegar à lista dos 50 melhores bares do mundo. Para já, o Red Frog tem vindo a traçar o seu caminho com cocktails criativos, uma rubrica de guest bartender que já pôs gente importante atrás do balcão e casas cheias, sobretudo ao fim de semana.

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O Wild Pitch foi criado por Paulo Gomes, um dos responsáveis pelo Red Frog.
(foto: © Tiago Pais / Observador)

Assim, enquanto não chega a nova carta do bar, com cocktails mais frescos — Paulo Gomes, um dos proprietários, prevê que entre em vigor no final deste mês/ início do próximo –, sugere-se uma das criações mais bem sucedidas da ementa em vigor (e que ficará mesmo depois da renovação da carta): o Wild Pitch (9,5€), um nome inspirado no beisebol. Este cocktail, à base de rum e cognac, com mistura de dry curaçao, sumo de limão, compota de pêssego e xarope de especiarias, vem acompanhado de uma bolacha de zimbro que serve de limpa-palato e é servido num copo com chocolate na borda. É forte, sim — 28% de grau alcoólico — mas também é fresco. E é doce, mas menos do que seria de esperar.

Rum Sour de Ananás Braseado do Rio Maravilha

LX Factory, Rua Rodrigues Faria, 103, Entrada 3, Piso 4 (Alcântara). 96 602 8229. Terça das 18h às 02h, quarta das 12h30 às 02h, de quinta a sábado das 12h30 às 04h e domingo das 12h à 18h

Também no Rio Maravilha, o gastro-bar inaugurado em outubro na antiga sala de convívio do complexo fabril hoje ocupado pela LX Factory, já se prepara a introdução de uma nova carta de comidas e bebidas. “Lá para finais de abril devemos lançar”, aponta Fernão Gonçalves, o homem responsável por pôr o bar em gastro-bar. Até lá, nada como optar por um dos clássicos da casa, este rum sour de ananás braseado (8€).

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Numa das salas do Rio Maravilha pode jogar-se à Glória enquanto se provam cocktails.
(foto: © Tiago Pais / Observador)

Por ser um cocktail com uma componente forte de braseiro, tanto no ananás como no alecrim, posto a fumegar pelo maçarico, é aconselhado para hidratar uma refeição à base dos petiscos de carne da carta de autoria do chef Diogo Noronha. Mas também vai bem acompanhado, apenas, pela vista de rio. Uma maravilha.

Cariocas de Lisboa do Café Bar BA

Bairro Alto Hotel, Praça Luís de Camões, 2 (Chiado). 21 340 8262. Todos os dias, das 11h às 01h30

A carta de cocktails do Café Bar do Bairro Alto Hotel acaba de ser renovada. São sete as novidades introduzidas, entre elas este Cariocas de Lisboa (8€), uma criação do chefe de bar Mohammed Ben Elfadil. É um cocktail servido num copo bombom, semelhante ao que se usa no irish coffee, e que, segundo o barman, “faz uma certa ligação entre Portugal e Brasil”. É servido quente, ideal, por isso, para o inverno, e mistura cachaça Janeiro, sumo de lima, mel, grão de café, canela e gengibre.

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O Cariocas de Lisboa é a proposta do Café-Bar do Bairro Alto Hotel.
(foto: © Tiago Pais / Observador)

Quem quiser aprender a fazer este e outros cocktails da carta do Café Bar pode inscrever-se (através do 21 340 82 62) num workshop que o hotel está a promover e que vai acontecer no próximo dia 8 de março, das 18h30 às 19h30. Custa 15€ por pessoa e está limitado a 15 participantes.

Yellow Submarine do Double 9

9Hotel Mercy, Rua da Misericórdia, 78 (Chiado). 21 248 1480. Todos os dias, das 15h à 00h (sexta e sábado até às 02h30)

Quando o Double 9 abriu, em novembro último, escreveu-se aqui no Observador que era possível que este espaço, que misturava um bar de cocktails com uma casa de chá, viesse a substituir a expressão ‘vamos beber um copo’ por ‘vamos beber uma chávena’. Isso ainda não aconteceu, é certo, mas não foi por falta de originalidade da carta de cocktails criada por Kiko Pericoli, da Liquid Consulting, de cujos ingredientes fazem sempre parte chás ou infusões.

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Parece uma experiência científica mas é um cocktail: chama-se Yellow Submarine.
(foto: ©João Vasco / Double 9)

O cocktail em questão neste artigo, o Yellow Submarine (8€) não é exceção: combina uísque Cutty Sark, com o chá preto fumado lapsang souchong (é chinês, daí o nome) e xarope de chá. A apresentação também não desilude: é servido num tubo de ensaio dentro de um vaso de alumínio gelado e fumegante. Também é possível que um pequeno pato de borracha, uma espécie de mascote da casa, venha a acompanhar a criação. Acolha-o com carinho.

Tease Ana do Bistro 100 Maneiras

Largo da Trindade, 9 (Chiado). 91 030 7575. De segunda a sábado, das 19h30 às 02h

Ainda no universo da relação entre o chá e os cocktails, foquemo-nos onutra proposta em Lisboa que merece destaque, desta vez no Bistro 100 Maneiras, de Ljubomir Stanisic, chef muito atento a estas questões da coqueteleria criativa, como, aliás, ficou provado com o lançamento, no final do ano passado, do livro “100 Maneiras 100 Cocktails“. Trata-se do Tease Ana (24€)– trocadilho bem esgalhado — que parte de uma base de gin com infusão de chá branco e é servido, precisamente, num bule de chá. É, por isso, um cocktail ideal para partilhar e não necessariamente à refeição: o Bistro 100 Maneiras tem uma primeira divisão à entrada, o denominado Quarto do Bistro, onde quem quiser apenas beber um copo e/ou petiscar qualquer coisa é muito bem vindo.

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Deste bule sai gin infusionado com chá branco, sumo de limão, xarope de açúcar e espuma de Hendrick’s com Bols. (foto: © Fabrice Demoulin)

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Sangria de vinho do Porto da Champanheria da Baixa

Rua da Picaria, 107, Porto (Baixa). 22 096 2809. Segunda a quinta das 12h às 00h30, sexta e sábado das 12h às 02h30

Ao fim de semana é difícil arranjar um lugar para sentar na Champanheria. Difícil é também olhar para as mesas e ver outra bebida que não seja a famosa sangria de espumante com morango. Sem desvalorizar — é uma boa escolha, não haja dúvida –, da próxima vez vale a pena considerar pedir a sangria de vinho do Porto. “É a minha favorita”, assume ao Observador Ravi Rendall, um dos responsáveis pelo espaço.

Antes de qualquer líquido, o copo leva uma casca em espiral de laranja, outra de limão e outra de lima. Depois adicionam-se frutos vermelhos (toda a fruta ali é fresca), licor de cassis, licor de pêssego, Royal Oporto extra dry white, espumante, 7 Up, um pau de canela e hortelã. Toda uma festa de cor em troca de 7,50€ o copo ou 20,50€ o jarro.

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A (bonita) sangria de vinho do Porto da Champanheria.
(foto: © Sara Otto Coelho / Observador)

Suspiro Fatal do Bali-Hai Polynesian Bar

Rua das Águas Férreas, 9, (perpendicular à Rua da Boavista). 22 332 3829. Segunda a sábado das 21h00 às 02h00

Quem procura cor tem obrigatoriamente de passar pelo Bali-Hai. Aberto há quase 30 anos, este bar polinésio tem a vantagem de ter verão o ano inteiro, com as cores quentes e a pequena cascata. Por momentos parece que estamos de férias num cenário tropical. E porque férias é também descansar a cabeça, do menu só constam os nomes das bebidas e o ambiente que pretendem criar. Os ingredientes são surpresa; ou a desculpa ideal para que um dos simpáticos funcionários possa aconselhar a bebida mais indicada.

O cocktail que os clientes mais pedem é o Suspiro Fatal. Apesar do nome ameaçador, à mesa chega uma caneca em forma de Buda que parece pairar sobre uma nuvem branca de fumo (é só gelo seco em contacto com água a ferver, não há mesmo aqui nada de fatal). A bebida leva blue curaçao, limão, ananás, pêssego, laranja e rum negro. Custa 5,50€.

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Atenção: o Suspiro Fatal não provoca suspiros fatais.
(foto: © Sara Otto Coelho / Observador)

Bonaparte do Bonaparte

Avenida do Brasil, 130 (Foz) e Praça Guilherme Gomes Fernandes, 40 (Baixa). 22 618 8404. Todos os dias, das 17h às 02h

Durante a tarefa árdua que é a procura (e a prova) de cocktails, percebemos que há alguns espaços a apostar em cocktails de chocolate. Neste caso, contudo, optámos por um cocktail que leva cacau, mas que sabe a café. O Bonaparte (7€) é uma das bebidas do famoso pub da Foz com o mesmo nome, e que acaba de abrir um espaço na Baixa. Na taça de cocktail há café expresso, Baileys, frangélico, creme de cacau e xarope de açúcar. Mistura-se tudo no shaker e, no final, colocam-se três grãos de café a decorar. Imperdível para quem gosta de café.

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1961 (fumado) do The Yeatman

Rua do Choupelo, 88, Vila Nova de Gaia. 22 013 3100. Domingo a quinta das 09h à 01h00, sexta, sábado e véspera de feriado das 09h às 02h30

Quem vai ao Dick’s Bar, integrado neste hotel spa de luxo, sabe que vai encher a vista. E também sabe que vai beber bons cocktails. A carta vai mudando ao longo do ano, pelo que quem quiser provar (e ver) o 1961 fumado não deve adiar a visita. Este cocktail leva o uísque americano Bulleit Bourbon, um pouco de Fonseca Porto Ruby Bin 27, xarope de ácer e, a finalizar, Yeatman bitters, uma bebida amargante feita no local e que contém, por exemplo, cássia, jalapeños, habaneros, canela e cardomomo.

O que os clientes veem chegar à mesa é uma barrica a fumegar, construída também no The Yeatman. Dentro da barrica há raspas de vários tipos de madeira e paus de canela incandescentes e fumo de raspas de macieira. É assim que se consegue aquele aroma. Qual aroma? Saberá se tiver 15 euros para gastar nesta bebida.

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Mai-Tai do Gin Signature

Mercado Bom Sucesso, Praça do Bom Sucesso, 132 (Boavista). 22 098 6535. Todos os dias, das 10h às 23h (sexta e sábado até às 00h)

Ir a uma casa especializada em gin e pedir uma bebida sem o líquido que mais ordena? Check. O espaço que Rúben Mata abriu no Mercado Bom Sucesso tem uma carta fixa de bebidas, onde o gin é dominante. Mas há sempre alguns cocktails anunciados num quadro de ardósia que vão mudando diariamente.

Um deles é o Mai-Tai (7€). Resumindo, é tropicalismo concentrado num copo. Para além da palha a rodear o copo, da folha de abacaxi e da hortelã que decoram a bebida, lá dentro estão misturados rum negro, rum branco, orgeat syrup (um xarope de amêndoa com água de rosas ou água de flor de laranjeira), dry curaçao, sumo e casca de lima. Quanto às doses: depende. É que o barman de serviço pergunta sempre ao cliente se gosta da sua bebida mais ou menos doce, para fazer os ajustamentos necessários.

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Tropicalismo em pleno Porto, com o Mai-Tai do Gin Signature
(foto: © Sara Otto Coelho / Observador)