Em três meses, António Costa passou de uma vantagem de apenas 0,7 décimas para 3 pontos percentuais sobre o PSD. Um crescimento de 1,4 pontos percentuais que acompanha a queda do PSD. De acordo com um estudo da Eurosondagem para a SIC/Expresso, se as eleições fossem hoje o PS somaria 35% dos votos, enquanto os sociais-democratas ficariam pelos 32%. É a maior distância entre os dois desde novembro.

Os números divulgados esta quarta-feira também ajudam a desenhar um outro cenário: com o crescimento do PS e com a estabilização do Bloco nos 9,2%, os dois partidos chegariam a uma maioria de 44,2%, o que permite imaginar a possibilidade de uma aliança de esquerda sem a CDU.

Bloco de Esquerda e CDU descem em relação ao último barómetro divulgado em fevereiro. O partido coordenado por Catarina Martins perde 0,8 pontos percentuais e as tropas de Jerónimo de Sousa 0,6. Estão agora nos 9,2% e 7,8%, respetivamente.

À direita, o CDS cresce 0,5 pontos percentuais em relação à última sondagem e está agora nos 8%. Ainda assim, juntos, sociais-democratas e centristas chegam apenas aos 40%, ainda muito longe da maioria absoluta.

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Em termos de popularidade, esta sondagem acompanha uma tendência já registada no mês anterior: Catarina Martins continua a crescer. Mas o destaque, desta vez, vai para o crescimento de António Costa nos índices de popularidade: o primeiro-ministro socialista é o líder mais popular e cresceu 1,7 pontos em relação ao último barómetro.

Paulo Portas, que está de saída da liderança do CDS, é o segundo líder mais popular, tendo crescido 1,8 pontos face ao último mês. Só ele cresce mais do que António Costa. Aníbal Cavaco Silva, em contrapartida, é a figura política menos popular: terminou o mandato com novos mínimos históricos e sai de cena com um saldo negativo de 14,1 – menos 0,9 décimas do que na última sondagem.

De acordo com os dados da Eurosondagem, foram efetuadas 1222 tentativas de entrevistas e, destas, 217 (17,8%) não aceitaram colaborar neste estudo. O erro máximo da amostra é de 3,09%, para um grau de probabilidade de 95,0%. O estudo da opinião foi feito entre 3 a 9 de março de 2016.