Um comício de Donald Trump, que estava agendado para esta sexta-feira, em Chicago, foi adiado depois de se terem registado incidentes entre apoiantes do candidato e manifestantes que protestavam contra o milionário. O evento foi cancelado por motivos de segurança, depois de “centenas de pessoas” que se manifestavam contra o candidato à nomeação pelos republicanos para as eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos terem invadido o recinto, localizado na Universidade do Illinois.

Pelo menos cinco secções do local foram tomadas por manifestantes anti-Trump, ainda antes de o candidato ter chegado para cumprir mais uma ação de campanha destinada às primárias que se realizam na próxima terça-feira. Os responsáveis da campanha de Donald Trump decidiram adiar o comício 30 minutos após a hora agendada para o começo e, após o anúncio da opção, ter-se-ão registado cenas de violência entre apoiantes e adversários do candidato, o que levou à intervenção de um “grande contingente” policial, segundo a CNN.

Mesmo depois de ser conhecido que o evento não se realizaria, milhares de pessoas permaneceram no local a entoar palavras de apoio a Trump, enquanto os manifestantes gritavam “parámos Trump”. Alguns apelavam a Bernie Sanders e exibiam cartazes da campanha do candidato que compete com Hillary Clinton pela nomeação pelo Partido Democrático. Em declarações à MSNBC, Donald Trump afirmou ter sido uma boa ideia o cancelamento do comício, porque não queria ver ninguém magoar-se.

O candidato queixou-se de já não conseguir fazer um comício numa cidade de grande dimensão, mas sugeriu que as imagens televisivas do boicote ao evento de Chicago poderão resultar num afluxo mais elevado de eleitores nas primárias de terça-feira que, além do Illinois, também se realizam na Florida e no Ohio. Em Saint Louis, na sexta-feira anterior, um comício de Donald Trump também foi alvo de várias interrupções e a tensão crescente que tem rodeado os eventos políticos do milionário está a causar preocupação.