Paulo Portas abandona este domingo a liderança do CDS, mas não sai de imediato do Parlamento. Ainda vai ficar em S. Bento, pelo menos, até abril, confirmou o Observador. Quando anunciou que não queria recandidatar-se a novo mandato no início do ano, o ainda líder deixou claro que ao sair da liderança sairia também de S. Bento para não ser uma sombra para o novo presidente do partido.

No momento em que renunciar ao cargo de deputado, Portas será substituído no Parlamento por Filipe Anacoreta Correia, que no congresso de 2014 se candidatou contra ele e que agora apoia a candidatura de Assunção Cristas.

No discurso que fez este sábado no XXVI congresso do CDS, Portas deixou por explicar qual será o futuro depois de sair da liderança do CDS e do Parlamento. Ficou por explicar o que fará no curto prazo, mas também os desafios que espera vir a ter a longo prazo. Não disse qual será a atividade a que se dedicará: “Fiz muitas coisas na vida e farei muitas mais com um traço em comum: farei o que sei fazer, o que vos pedi muitas vezes para fazer o que acredito que a maioria do portugueses querem fazer: trabalhar, trabalhar, trabalhar”.

As especulações têm sido muitas, desde que vai gerir negócios de família, trabalhar em captação de investimentos ou dedicar-se a atividades editoriais. Portas, que já foi vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, não confirma nada e este sábado insistiu que é um disparate fazer-se especulações a vários meses de distância.

Certo é que Portas criticou do ponto de vista ético a escolha da ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que aceitou o cargo de administradora não-executiva da Arrow Global.

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