Os transportadores rodoviários de mercadorias voltam a reunir-se hoje, em Pombal, depois de falhadas as tentativas de negociação com o Governo para minimizar o impacto do aumento do imposto sobre os combustíveis (ISP) em seis cêntimos por litro.

“Admito que as empresas não fiquem agradadas com aquilo que tenho para lhes dizer”, disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Transportadoras Rodoviárias de Mercadorias (ANTRAM), Gustavo Paulo Duarte, escusando-se a antecipar quais as medidas que podem ser decididas na reunião para demonstrar o descontentamento em relação ao Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), que tem votação final global agendada para a quarta-feira.

Gustavo Paulo Duarte explicou que “as pessoas que trabalham nas empresas, os seus acionistas e sócios é que tomarão as decisões”, depois de terem “caído por terra todas as tentativas para chegar a um entendimento com o Governo sobre as medidas de apoio ao setor”.

As duas associações – a ANTRAM e a Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) – que representam as transportadoras rodoviárias de mercadorias reivindicam a devolução do aumento de seis cêntimos por litro no gasóleo, previsto no OE2016 e em vigor desde meados de fevereiro.

Mais do que não sofrer este agravamento, as associações querem que o preço dos combustíveis, que representa 35% dos custos das empresas, seja equiparado ao praticado em Espanha, o que deverá ocorrer através da devolução do ISP, com base no consumo real de combustível.

As associações recuperam ainda uma reivindicação antiga – incentivos à renovação das frotas e também incentivos ao abate de veículos pesados de mercadorias com dez ou mais anos – e exigem mais descontos nas taxas de portagem, nomeadamente alargando o período horário de descontos e/ou distinguindo consoante a classe poluente em que os veículos se inserem.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR