Não leu, nem irá perder tempo a ler: é assim que o banqueiro José Maria Ricciardi, à frente da operação portuguesa do Haitong Bank, antigo braço de investimento do BES que também liderava, reage ao livro em que o seu primo, o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, fala sobre a queda do império Espírito Santo. Em declarações ao jornal Público, José Maria Ricciardi chama “patético” ao primo e acusa-o de ser responsável pela destruição do grupo.

Não é de nova, nem sequer escondida, a inimizade entre os dois membros da família Espírito Santo. Agora, em comentário ao livro Os Dias do Fim, da autoria da jornalista Alexandra Almeida Ferreira e que resultou do testemunho do antigo presidente do BES, José Maria Ricciardi acusa Ricardo Salgado de se “armar em baluarte da honra e da dignidade da familiar que traiu e aviltou”.

“É pelo menos patético que quem é responsável pela destruição de um património familiar de várias gerações, e ainda pelos incalculáveis prejuízos causados à economia nacional, às poupanças de milhares de depositantes, colaboradores e investidores, venha a terreiro arvorar-se em baluarte da honra e da dignidade da família, que ele próprio traiu e aviltou”, diz o responsável, acrescentando que não entende como é que não tendo Ricardo Salgado meios económicos para pagar cauções, pode pagar a assessores de imprensa.

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