José Peseiro assumiu esta segunda-feira que o FC Porto ainda não está à sua imagem a nível defensivo, explicando também que tentou dissuadir Maicon de abandonar o jogo com o Arouca (1-2), da 21.ª jornada da I Liga de futebol.

No fórum do treinador de futebol e futsal, que decorre em Setúbal, segunda e terça-feira, o técnico dos ‘dragões’ – entrevistado no primeiro painel do dia e questionado se o FC Porto já está à sua imagem – foi claro: “A defesa não esta a jogar muito bem, não é à minha imagem”. Peseiro explicou que a paragem no campeonato seria boa para consolidar vários processos, caso não tivesse tantos jogadores convocados para as respetivas seleções.

“O treinador português consegue adaptar-se a qualquer contexto. Obviamente que gostaria de ter mais jogadores, pois era o momento ideal para podermos trabalhar mais algumas das minhas ideias, mas prefiro estar assim do que estar num clube em que não tinha jogadores na seleção. Temos muitos jogadores da ‘B’ [esta semana] e cinco do plantel principal. Acho que não há nenhuma equipa com tantos jogadores na seleção, mas isso estava programado. Dependemos de um ‘negócio’, temos de nos adaptar e programar as coisas em função disso”, afirmou.

Questionado se a saída de Maicon, após uma falha no jogo com o Arouca, da 21.ª jornada da I liga de futebol, em que os ‘azuis e brancos’ perderam por 2-1, foi um caso de indisciplina, José Peseiro tentou não responder à questão, mas acabou por explicar o que disse ao defesa brasileiro:”Não sei se é uma questão de disciplina ou fraqueza e ele errou e não pode emendar. Não é fácil ser jogador de futebol numa equipa destas, tudo o que faz tem repercussão. Tentei dizer-lhe que ia fazer o golo do empate, ‘fica aí’, mas não resultou. Com uma pistola e espingarda não podia ser, até porque entendo que o jogador deve fazer tudo de forma consciente”, vincou.

O técnico do FC Porto abordou a forma como encontrou o plantel, salientando que é necessário que jogadores e equipa técnica passem “mais tempo juntos”, de modo a conhecer a cultura dos ‘dragões’.

“Os jogadores precisam de tempo para conhecer o FC Porto. Do ‘onze’ que jogou em Setúbal [vitória no sábado por 1-0], nenhum jogador ganhou nada. Temos de estar mais tempo juntos, conjugar as realidades. É esse o caminho que temos. Só criamos uma realidade estando juntos, vivendo. O treinador também tem de perceber o clube. Também tenho um défice, também tenho de sentir o FC Porto, também quero sentir o que é o FC Porto”, frisou.

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