Os serviços de medicina legal belgas identificaram até ao momento 24 das 31 vítimas mortais dos atentados de terça-feira em Bruxelas, enquanto 101 pessoas feridas permanecem hospitalizadas, informaram este sábado as autoridades belgas.

As três explosões registadas na terça-feira em Bruxelas – duas no aeroporto internacional de Zaventem e uma na estação de metro de Maelbeek, junto às instituições europeias, no centro da capital belga — fizeram pelo menos 31 mortos, segundo o último balanço provisório. Onze dos 31 mortos eram estrangeiros. Um das vítimas é o ex-embaixador belga nos Estados Unidos. Até ao momento, segundo indicou a porta-voz do Ministério Público de Bruxelas, Ine Van Wymersch, foram formalmente identificadas 24 vítimas mortais.

Dos 270 feridos, 101 continuam internados em hospitais. Destes, 93 estão a ser tratados no hospital militar de Bruxelas. Entre as 101 vítimas hospitalizadas, 32 sofreram queimaduras graves e estão internadas em unidades especializadas, indicou um porta-voz do Ministério da Saúde belga.

Um dos médicos ouvidos pela Bloomberg descreve o cenário vivido nos hospitais. Serge Jennes, que esteve no Afeganistão, diz que ele e os colegas que estão a cuidar dos feridos dos atentados estão “chocados” por ver tamanhos ferimentos em mulheres e crianças. “Trabalho há 20 anos com queimados e nunca tinha visto isto”, disse à agência. O médico acrescentou que quase todos os feridos tinham sofrido perfurações dos tímpanos, devido à explosão.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR