As câmaras do Barreiro e do Seixal vão juntar-se para recuperar a ligação entre os dois concelhos que passava em ponte por cima da foz do rio Coina. Essa antiga ponte ferroviária não é utilizada desde 1969, altura em que um barco ao serviço da Siderurgia Nacional chocou com um dos seus pilares, inutilizando a ligação. Na altura especulou-se sobre a intencionalidade daquele acidente, pois a ponte limitava fortemente o acesso à nova fábrica que o empresário António Champalimaud construíra um pouco a montante do mesmo rio Coina.

As duas autarquias propõem-se agora investir quatro milhões de euros numa ligação destinada a ser utilizada apenas por peões e como ciclovia, informa o Diário de Notícias esta segunda-feira. O objetivo é ligar as redes de percursos pedonais e cicláveis dos dois concelhos e atrair turistas.

A ligação será entre o terminal ferroviário do Barreiro e a antiga estação ferroviária do Seixal, desativada há quase cinco décadas, e passará junto ao Centro de Estágios do Benfica.

A antiga estação ferroviária do Seixal, há muito desativada, situa-se junto do novo terminal da Transtejo, junto ao parque de estacionamento que a serve.

A antiga estação ferroviária do Seixal, há muito desativada, situa-se junto do novo terminal da Transtejo, junto ao parque de estacionamento que a serve.

A reutilização do antigo ramal ferroviário passará por duas candidaturas autónomas — uma de cada autarquia — a fundos comunitários no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Sustentável.

Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, considerou em declarações ao mesmo jornal que este é “um projeto muito importante, até do ponto de vista histórico, porque retoma uma ligação entre os dois municípios, que vai ajudar a desenvolver toda a zona ribeirinha”.

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