Os beijos marcam o início de uma relação, mas também podem ditar o final. Afinal, durante um beijo íntimo de apenas dez segundos são transferidas 80 milhões de bactérias — se ter conhecimento desta situação e continuar a fazê-lo não é sinal de paixão, então não sabemos o que será.

As investigadoras Sandra Murphy e Polly Dalton, da Universidade de Londres, fizeram um estudo, publicado no Journal Of Experimental Psychology: Human Perception and Performance, que se focou em descobrir o porquê de fecharmos os olhos quando queremos concentrar-nos noutro sentido, incluindo o toque.

Aos participantes foi-lhes pedido que olhassem para um ecrã onde passavam cartas de forma rápida. Posto isso, tinham de indicar se tinham visto a carta X ou Y e dizer se tinham sentido uma vibração na mão esquerda ou na direita enquanto olhavam para as cartas. As investigadoras perceberam que quanto mais cartas passavam no ecrã, menos detetável se tornava a vibração. E isto porquê? Porque um aumento do estímulo visual torna as pessoas menos sensíveis ao toque.

E isso explica a questão do beijo. Polly Dalton disse ao The Independent que “estes resultados podem explicar o porquê de fecharmos os olhos quando queremos direcionar a nossa atenção noutro sentido [que não a visão].” Daí que quando se come alguma coisa realmente boa, ou se dança uma música de que gostamos muito também é normal fechar os olhos. Torna a experiência mais intensa, logo melhor. Pelo menos se o beijo for bom.

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