As autoridades belgas fizeram uma operação policial na aldeia de Marke, na cidade belga de Kortrijk, no seguimento da investigação em torno de Reda Kriket, suspeito de planear um atentado em França.

A ação foi feita em torno da zona residencial de Rodenburg, em Marke, junto a uma estação de serviço que serve a autoestrada E17. Houve polícias e militares a perscrutar uma zona de mato com detetores de metais e cães, o que pode indicar que estivessem à procura de armas ou de material explosivo. A operação terminou por volta das 15h30 locais (14h30 de Lisboa).

“Está a decorrer uma investigação ligada ao caso Kriket”, informou o porta-voz da polícia Eric Van Der Sypt, à agência AFP, pouco depois da operação ter começado. Até agora ainda não foram prestadas mais informações.

Kortrijk (ou Courtrai, em francês) é uma cidade de 75 mil habitantes, a cerca de 90 quilómetros de distância de Bruxelas. A cidade francesa mais próxima é Lille, a apenas 30 quilómetros de distância. Paris fica a quase três horas de carro.

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Reda Kriket, principal suspeito numa investigação em torno de um plano para um atentado em França, foi detido poucos dias após os atentados de Bruxelas num apartamento em Argenteuil, um subúrbio de Paris. A investigação já determinou que o homem de 34 anos e de nacionalidade francesa se preparava para fazer um atentado de “larga escala”. Foram encontradas armas, químicos, passaportes falsos, telemóveis por estrear e dois computadores que continham informações sobre como fazer uma bomba.

“Encontrou-se dentro do apartamento uma caixa-forte com seis ampolas de ácido glicérico, 1,3 quilos de explosivos industriais, cinco armas de assalto kalachnikov com munição, uma metrelhadora de origem corata, [outras] sete armas de fogo, uma granada de gás lacrimogéneo e várias munições”, informou o procurador de Paris, François Molins, numa conferência de imprensa no final da tarde de quarta-feira. “Tudo indica que a descoberta deste inventário evitou um ato de extrema violência por parte de uma rede terrorista”, acrescentou.

As autoridades suspeitam ainda que Kriket tenha estado na Síria em 2014 e 2015, para além de ter viajado frequentemente entre França, Bélgica e Holanda.

Reda Kriket foi acusado na quarta-feira de associação criminosa e por pertencer a uma organização terrorista.