Histórico de atualizações
  • O congresso foi assim, achamos nós

    O congresso do PSD terminou e a nossa cobertura em direto também. Mas vá passando pela nossa homepage onde poderá ainda ler as nossas análises aos três dias de trabalho e ao último discurso de Passos Coelho.

    Para a despedida, fique com este vídeo feito pela equipa do Observador.

    Achamos que é uma boa maneira de nos despedirmos de Espinho. Ate já

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  • Para um primeiro resumo do congresso, pode ler aqui o nosso texto, baseado nas principais palavras da reunião dos sociais-democratas.

    As 13 palavras presentes (e as 6 ausentes) do congresso.

  • Cristas até aceita falar sobre reforma do sistema eleitoral, mas tem imposições

    Assunção Cristas diz que há muita “sintonia” em muitos pontos com o PSD, que, disse a líder do CDS, “está animado” para que haja um centro-direita “mais forte”. Mas não é bem assim no que diz respeito à reforma do sistema eleitoral. A líder centrista remete para a sua moção estratégia onde defende que a existir uma mudança no sistema eleitoral, tem de garantir o pluralismo partidário.

    Sobre o desafio da reforma da Segurança Social, a líder do CDS diz que já está a trabalhar nessa reforma e que, frisou, tal como disse Passos Coelho esta é uma reforma não de um ou dois partidos, mas de todos.

  • Comissão política teve o pior resultado de sempre de Passos

    A Comissão Política Nacional de Pedro Passos Coelho foi hoje eleita com quase 80% dos votos, mas foi o pior resultado de sempre de Passos Coelho na eleição para este órgão de direção nacional do partido.

    De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Jurisdição, João Calvão da Silva, registaram-se 744 votantes para a Comissão Política Nacional, tendo a lista única da direção obtido 594 votos, correspondentes a 79,8% dos votos. Ou seja, houve 20% de votos brancos.

    Há dois anos, a Comissão Política do PSD foi eleita com 85% dos votos. Em 2012 tinha sido eleita com 88% e em 2010 com 87,2%.

  • PS espera que Passos apresente propostas e agradece reconhecimento "da legitimidade do Governo"

    Ana Catarina Mendes diz que Passos Coelho ainda está “amarrado do passado”e que as “prioridades” que falou no discurso “são contraditórias com o que fez no Governo”.

    A secretária-geral adjunta do PS responde ainda ao desafio de reforma da Segurança Social dizendo que os socialistas sempre fizeram reformas, mas que recusam entrar numa reforma que leve ao corte de 600 milhões de euros nas pensões.

    Ainda aos jornalistas, a socialista referiu que a “novidade deste congresso” foi o facto de Passos Coelho ter admitido a legitimidade do Governo e que assumir-se como oposição e por isso espera agora que o PSD apresente propostas, ao contrário do que fez no Orçamento do Estado.

  • O congresso do PSD terminou. Seguem-se as reações dos partidos e parceiros sociais que estiveram na Nave Desportiva de Espinho para assistir ao encerramento dos trabalhos da reunião magna dos sociais-democratas.

  • "Somos um partido que não tem pressa, temos tempo"

    No fecho da sua intervenção final, Passos Coelho falou ainda do espaço que o partido agora ocupa, declarando que o partido “não tem pressa”: “Somos o partido da oposição. Não concordamos com este Governo e esta maioria”.

    Passos voltou à linha definida no discurso de abertura, na sexta-feira, para dizendo que “o ónus” da estabilidade “é hoje do PCP , do BE e do PS” e avisou: “Estas políticas não são as nossas, não queiram falar de compromisso, de ideias e de projetos se não se aproximarem de nós. Não estamos do contra por estar do contra, apresentamos as nossas propostas, mas não nos peçam que troquemos de convicções”. O ex-primeiro-ministro disse ainda que o PSD “não deixará de apresentar os seus projetos para resolver os problemas” elencados nas intervenções que fez.

  • "Quem não muda, e não se abre aos cidadãos e ao mundo, morre"

    Passos volta a desafiar o PS e os restantes partidos políticos para iniciarem um “debate sério” sobre as novas regras do sistema de eleição dos deputados. Já o tinha dito na intervenção inicial no congresso, na sexta-feira, e volta agora a sublinhar: não havendo eleições à vista – “e eu não as perspetivo nos próximos anos” – Passos entra em modo de desafiar os que têm o ónus da governação para fazer as reformas difíceis.

    E a esse propósito lembra como o PSD é um partido “reformista”, “contra o vanguardismo”. Estando agora na oposição, o PSD não vai deixar de propor as reformas que acha serem importantes para o país, disse.

    Porque o “voto dogmático”, com base em ideologias rígidas já “há muitos anos que está em recessão” e por isso, em vez de os partidos contarem com os seus eleitores fiéis, devem é propor políticas concretas para fazer face aos problemas reais dos portugueses, disse. “Hoje as pessoas votam num partido, amanhã podem votar noutro, votam naquilo em que acreditam. É a escolha do cidadãos que conta, não é a ideologia ou o rótulo que se quer pôr na testa de cada pessoa”. Para isso é preciso mudança.

    “Quem não muda, e não se abre aos cidadãos e ao mundo, morre”, atirou.

  • Passos volta ao desafio da segurança social: "Temos um modelo, mas aceitamos discutir outro"

    Na área social, o principal ponto focado por Passos Coelho foi o da necessidade de “fazer uma reforma estrutura da segurança social”, dizendo que “o sistema que temos hoje, já não existe” e desafiando a esquerda para “uma discussão séria, não populista. Vamos remover os argumentos de campanha eleitoral”. Passos disse mesmo: “Nós temos um modelo, mas aceitamos discutir outro, por favor não fiquem atrás se slogans de campanha”.

    O desafio vai direito ao PS, com o líder do PSD a dizer que este é um “projeto comum” que tem com o CDS (depois de relembrar que Assunção cristas fez o mesmo desafio no congresso do CDS): “Era importante que não fosse apenas partilhado por dois partidos, porque é um problema de todos”. Assim, Passos pediu, provocando, que os outros partidos “não fiquem atrás dos slogans de campanha”, já que “ignorar o problema do presente e do futuro será trágico”.

  • Passos pede entendimento geral para aumentar o investimento

    Um desafio aos restantes partidos, “independentemente da ideologia”: ter um projeto comum sobre o investimento.

    “O país precisa, não interessa os partidos e a ideologia, porque nao havemos de ter um projeto comum a todos que possa tornar Portugal um país com mais capacidade de atração de investimento?”, atirou.

    Na plateia estão representantes do PS e do CDS.

  • "Se pensam que o perdão da dívida vai mudar a Europa estão muito enganados"

    Há dois caminhos diferentes e Passos faz de tudo por os demarcar bem. Se o atual Governo do PS quer ir pelo caminho da reestruturação da dívida – ou do perdão da dívida – o PSD de Passos Coelho não tem dúvidas de que esse não é o caminho certo e que aquilo que o país precisa “como de pão para a boca” é de atrair mais investimento.

    Para Passos, a reestruturação técnica da dívida já foi feita no seu Governo. “Já o fizemos, estendemos os prazos e maturidades, baixamos o custo da dívida, os juros, mais do que isso só pedindo que paguem os juros do dinheiro que nos emprestam – não é possível mais do que isso. Podemos até alargar mais 3 ou 4 anos, mas não é assim que se resolve o problema”, disse, arrancando aplausos à plateia.

    E, à boleia dos aplausos, Passos explicou melhor porque é que diz que é impossível reestruturar mais a dívida, como a esquerda quer. “O FMI é um credor privilegiado em toda a parte do mundo, não aumenta prazos nem diminui juros, mas se tivermos disciplina, se angariarmos confiança nos mercados, então podemos substituir essa dívida por outra mais barata, era por isso que nós podíamos antecipar os pagamentos ao FMI, para podermos ir buscar dinheiro mais barato – não era para satisfazer o FMI”, disse, rejeitando as críticas de bom aluno da Europa.

    Ou seja, o que Passos quer dizer é que a reestruturação técnica “está feita”, e a partir daqui a única coisa que o Governo pode pedir é o “perdão”. Mas Passos diz que, quando estava no Governo, sabia que no dia em que pedisse isso iria caminhar para um segundo resgate. “Se o governo insistir nisto iremos perder muitos dos sacríficos que os portugueses fizeram nos últimos anos”, disse.

  • "Não se diz a quem tem pouco que o seu mal é não gastar mais"

    Ainda sobre as prioridades estratégicas, Passos pede “uma segunda geração de politicas sociais” e atira à “política de faz de conta” o atual Governo. “Faz de conta que não temos dívida, faz de conta que não temos problema de financiamento”, detalhou o ex-primeiro-ministro que defende um “modelo económico que aposte cada vez mais na poupança e no investimento”. E neste ataque ao PS ainda acrescentou uma frase: “Não se diz a quem tem pouco que o seu mal é não gastar mais”.

    “Não precisamos de um modelo económico que gere mais endividamento e consumo, que não esteja sustentado pelo crescimento da economia”, disse Passos continuando a criticar a estratégia do Governo socialista. E acrescentou que “é possível garantir poupança no futuro com um processo de reforma do Estado, mas não é daí que vai resultar o maior impacto para a sustentabilidade das contas públicas. O que é importante que a reforma do Estado possa libertar potencial da economia”.

  • Portugal já teve perdão de dívida “em termos europeus” em 2013

    Passos Coelho está a falar na dívida pública e de como Portugal já teve uma reestruturação. Escrevemos em fevereiro sobre a reestruturação da dívida à Europa a que o líder do PSD se está a referir. Leia mais aqui.

  • Um resumo da última manhã do congresso

    A manhã do último dia de congresso foi dedicada à votações para os principais órgãos do partido. Fique aqui com um resumo que demos em direto, antes do discurso de Passos Coelho.

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  • Passos e o CDS, agora separados. "Não nos envergonhamos do que fizemos"

    Passos fala agora, mais uma vez, da sua relação com o passado e com o CDS, antigo parceiro de governo. “Tivemos responsabilidades governativas e, juntamente com o CDS, colocámos sempre os interesses dos portugueses acima dos interesses partidários. O que fizemos juntos no Governo continuamos a fazer agora na oposição, separados, tenho a certeza disso”, disse, aludindo ao facto de os dois partidos aparecerem cada vez mais afastados no debate político. Passos dá a entender que continuam os dois no mesmo lado da barricada, com os mesmos objetivos.

    “Não nos envergonhamos do que fizemos”, continua a dizer, insistindo que, depois da governação do PSD/CDS o “país tem hoje a possibilidade de olhar para futuro de forma bem diferente e mais esperançosa do que tinha em 2011 quando estávamos à beira da bancarrota”.

    E Passos elenca as “prioridades estratégicas” que tem para o partido, com o objetivo de, através das políticas “reais” procurar combater os “desequilíbrios graves” que foram sendo acumulados ao longo dos últimos anos: a demografia é um deles. “Não estamos a assegurar a renovação demográfica. Temos de ter politicas que respondam a um problema de demografia, é preciso ser mais consistente na apresentação de politicas mais amigas das famílias, mais amigas das crianças. Só assim será possível haver mais equidade entre as diferentes gerações”, disse.

  • "Comprar tempo" na Europa não chega, diz Passos

    O ponto três do discurso de Passos é a Europa e pede para que se encontre “políticas comuns mais fortes e mais efetivas do que temos hoje”. O líder do PSD diz que nas questões económicas, financeiras, monetárias e também nas questões de segurança, os países têm estado a “comprar tempo, quer com o BCE, quer com a Turquia,” mas que não o estão a aproveitar para “fazer a transformação” que diz ser necessária.

    Passos elencou os problemas europeus, dizendo que “a política monetária está a perder eficácia” e insistindo na defesa do “fundo monetário europeu”. E apontou para o problema “da segurança das fronteiras”, para o qual diz que “os estados não estão preparados”. “Comprar tempo só é importante se fizermos o que é preciso, não estamos a fazê-lo no plano económico, financeiro e monetário, nem na gestão dos emigrantes, dos refugiados, na mobilidade na Europa e da sua segurança”.

  • Objetivo definido: Ganhar autárquicas

    É o próximo desafio eleitoral e, depois de a última ida às urnas ter deixado um amargo de boca, agora Passos deixa claro que o objetivo para as autárquicas é ambicioso: ganhar o maior número de presidências de câmara e de juntas de freguesia, recuperando com isso a presidência da Associação Nacional de Municípios.

    Ganhar sim, em número, mas também em conteúdo. “Mais importante do que isso é oferecer aos portugueses um projeto que vá ao encontro das suas necessidades”, disse, no discurso de encerramento do congresso. Isto porque, disse Passos, os desafios locais já não são hoje os mesmos do que eram há 50 anos. A exigência é maior. “Os autarcas são hoje gestores do território, atraem investimento, desenvolvem capacidades competitivas, recursos humanos, etc”. Mas Passos está confiante na “nova geração de autarcas do PSD, que está à altura dos novos desafios que se colocam ao poder local”.

    A conduzir o processo autárquico Passos pôs o autarca de Cascais e ex-vice do partido Carlos Carreiras deixando-lhe uma tarefa clara em mãos: escolher “os melhores” entre os melhores, os mais “aptos” para estarem ao serviço das comunidades locais e ao serviço dos portugueses. Só assim Passos diz que se conseguirá atingir a meta delineada – uma meta que este fim de semana já foi criticada pelo histórico autarca das Caldas, Fernando Costa, que achou ambiciosa demais.

    Sobre os Açores e a Madeira, Passos dedicou palavras especiais. Primeiro, de agradecimento aos madeirenses pelo “voto de confiança” em Miguel Albuquerque, a quem deixou “um abraço amigo”. E, depois, de votos de sucesso a Duarte Freitas, o candidato do PSD às eleições regionais dos Açores que se disputam este ano. Segundo Passos, o trabalho que está a ser feito pelo PSD Açores, nomeadamente ao nível da liberalização do espaço aéreo dos Açores, está a ter mais resultados do que o trabalho feito pelo Governo regional, do PS, ao longo dos últimos anos.

  • “O PSD não tem nenhuma querela constitucional”

    O presidente do PSD começa a intervenção com uma referência aos 40 anos da Constituição da República Portuguesa e recorda os chumbos do Tribunal Constitucional no tempo da sua governação, mas para dizer (e negou-o três vezes): “O PSD não tem nenhuma querela constitucional”.

    Sobre os chumbos, Passos diz que “não representaram nenhum conflito com a letra da Constituição”, mas sim com a “necessidade de termos de recorrer a medidas extraordinárias” e com a “interpretação que os senhores dr. Juízes fizeram daquilo que são os princípios que devem estar presentes na Constituição”.

    Ainda assim, o líder do PSD que quando chegou à liderança (2010) trazia um ambicioso projeto de revisão constitucional, reafirma que “ela tem de ser melhorada no futuro”, afirmado a disponibilidade do PSD para o fazer.

  • Passos Coelho começa a falar na sessão de encerramento do congresso do PSD.

  • Passos Coelho confortável no Conselho Nacional

    Foram apresentadas oito listas ao Conselho Nacional. As votações decorreram ao longo da manhã e a lista da direção ganhou com 323 votos e 33. Embora por si só não chegue para fazer maioria (os conselheiros do PSD são 70) a maior parte das outras listas apresentadas não são de oposição ao líder. A lista B, encabeçada por João Moura, obteve 92 votos e teve nove assentos no CN. A lista C, liderada pelo barcelence Carlos Reis e pelo deputado lisboeta Sérgio Azevedo, conseguiu 73 votos e elegeu sete lugares. A lista D, de oposição assumida a Passos Coelho, encabeçada por Luís Rodrigues, ex-líder da distrital de Setúbal, conseguiu eleger cinco conselheiros e teve 57 votos. A lista E, de Alexandre Cunha, teve 39 votos e quatro mandatos. A Lista F, liderada por Jorge Nuno Sá, teve três mandatos e 37 votos. A Lista G , de Luís Gomes, autarca de Vila Real de Santo António, obteve 45 votos e quatro conselheiros e a lista H, de Joaquim Biancard da Cruz, teve 56 votos, o que corresponde a cinco lugares.

    Luís Rodrigues lamenta que a liderança tivesse feito diligências no sentido de travar a multiplicação de listas ao parlamento do partido: “Os TSD e a JSD não apresentaram lista. Não se percebe a necessidade de limitar as escolhas”, disse Luís Rodrigues ao Observador na noite de sábado. “Não faz sentido esse tipo de pressão. Devia haver opiniões diversas para o partido sair reforçado. O Conselho Nacional é o sítio para se dar a opinião”.

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