É uma marca portuguesa e caminha com certeza. Chama-se ASPORTUGESAS, foi criada pela Ecochic e pela Amorim Cork Ventures e produz chinelos de cortiça com um conceito eco-friendly que pretende cuidar do estilo de quem as usa sem descurar o ambiente. Um género de produto “sem sentimentos de culpa para o consumidor”, “trendy, versátil, descomprometido e sofisticado”, como explica o responsável pela marca, Pedro Abrantes.

Ao todo são 11 os modelos de “portuguesas”, para homens e mulheres. Com a cortiça como base, há chinelos coloridos, outros com bolas, com formas geométricas, simples e também com cores neutras.

as portuguesas chinelos cortiça

Uma das combinações possíveis.

Com uma tira mais ergonómica e uma maior resistência na ligação tira-sola, ASPORTUGUESAS resolvem um dos principais problemas dos tradicionais chinelos de enfiar no dedo: uma maior aderência em pisos molhados. Sem deslizes, portanto, utilizar a cortiça como matéria-prima faz destas chinelas o calçado perfeito para pisar as praias de norte a sul do país e até para andar pela cidade.

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A ideia surgiu de um sonho antigo de Pedro Abrantes: criar uma marca de calçado com um produto — a cortiça — que já era seu conhecido e que considera estar em fase de graça, com uma “maior perceção, por parte do mercado, do seu valor premium e aspiracional”. A fazer acontecer este sonho esteve a Amorim Cork Ventures, pertencente ao grupo Amorim e única incubadora do mundo que se dedica exclusivamente a negócios em torno da cortiça.

as portuguesas amarelo

Como se lê na tira, estas chinelas não são havaianas, são portuguesas.

“Mesmo sem especial esforço de comunicação fora de Portugal, ASPORTUGUESAS foram alvo de interesse e aquisição em diferentes países, dentro e fora da Europa”, dizem os responsáveis, provando que estes chinelos podem ainda agora ter chegado mas já têm pernas para andar.

Jovens empreendedores: reinventem o uso da cortiça

Desde que foi lançada, a Amorim Cork Ventures já recebeu mais de 190 propostas criativas, tendo apoiado 17 projetos, dos quais resultaram três startups: a Ecochic, responsável pel’ ASPORTUGUESAS, outra dedicada à decoração e uma terceira destinada à injeção de compósitos de cortiça e polímeros. Há ainda outras duas startups que estão prestes a ser constituídas.

Criada pela Corticeira Amorim em 2014, o objetivo da Amorim Cork Ventures é apoiar projetos inovadores que trabalhem a cortiça e que se apresentem como competitivos no mercado global. Ou seja, reinventar e propor novas abordagens à cortiça. Para o fazer, a incubadora transfere know-how das equipas residentes da Corticeira, cria ligação à rede de parceiros já existente, dá suporte ao negócio e investe financeiramente para que os empreendedores desenvolvam o negócio proposto.

A convicção da empresa é a de que existem atualmente condições para conquistar empreendedores e novos territórios para a cortiça, já que há “um conhecimento muito mais vasto em torno das características [do material], noção de que a sociedade tem de evoluir no sentido de uma economia verde, e conhecimento, por parte do mercado, do seu valor”, explica Joana Martins, do grupo Amorim.

asportuguesas_sola

A sola dos chinelos é inteiramente feita de cortiça.

Onde andam ASPORTUGUESAS?

Neste momento os chinelos podem ser comprados na loja online da marca, com valores que vão dos 26,90€ aos 39,90€. Para já ASPORTUGUESAS não vão ter lojas físicas próprias mas, para além da venda online, em breve podem também ser adquiridas em lojas multimarca.

Para além disso, no futuro a marca pretende desenvolver novos produtos e coleções que se enquadrem no mesmo espírito: fazer jus ao que é português, e sempre com muito estilo.

Nome: ASPORTUGUESAS
Data: 2016
Pontos de Venda: Loja online
Preços: 26,90€-39,90€

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