Os números do que o jogo nos foi dando. A diferença nos passes acertados e no tempo que as equipas passaram com a bola é abismal.

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— GoalPoint (@_Goalpoint) April 9, 2016

Os encarnados ficam a dever um gracias bem grande a Raúl Jiménez. Só o domínio de bola de pantufas que o mexicano conseguiu fazer na área inventou o golo que desbloqueou um dos jogos mais difíceis que o Benfica teve neste campeonato. A Académica manteve-se sempre a defender bem atrás, perto da área, com os jogadores todos atrás da linha da bola, a obrigar o Benfica a ter que mexer muito os jogadores e a dar rapidez aos passes para tentar abrir espaços entre os adversários.

Foi difícil fazê-lo, sobretudo depois de Pedro Nuno marcar aos 18′ e de dar um incentivo para a equipa se fechar ainda mais. Os encarnados até foram criando coisas quando Pizzi e Gaitán deixaram de ser extremos para serem mais dois médios que pediam a bola onde queriam. Isto baralhou as marcações dos estudantes e desorganizou-os um pouco até Mitroglou, aos 40′, empatar à cabeçada. A segunda parte é que seria um vê se te avias, porque a equipa de Filipe Gouveia continuou a jogar da mesma maneira e obrigou o Benfica a ser criativo — como nos momentos em que até deixava a Académica ter mais bola para, recuperando-a, apanhar os estudantes longe uns dos outros e a jeito de levarem com contra-ataques.

Mas as jogadas de perigo já não eram assim tantas e o alívio só apareceu aos 84′, quando Rui Vitória pôs o forno à temperatura máxima e enfiou a carne toda que tinha lá dentro. Jiménez entrou para ser o terceiro avançado encarnado em campo e só ele garantiu que a equipa se mantém na liderança como estava.

Os encarnados seguem bem vivos na liderança do campeonato e garantem que, na pior das hipóteses, mantêm a vantagem de dois pontos sobre o Sporting, caso os leões vençam o Marítimo em Alvalade (20h45).

Rafa Soares dispara um remate de muito longe e não acerta na baliza. Ederson aproveita, deixa-se cair no relvado e diz que está mal do ombro. É novo de idade, mas o guarda-redes sabe que é preciso por gelo neste ímpeto da Académica.

O Benfica está a defender muito nestes últimos minutos. Até Jonas tem andado encostado aos médios.

Agora não é uma questão de aguentar, mas de os encarnados manterem o que estavam a fazer. Só que a equipa recuou alguns metros, juntou os jogadores e vê-se que está preocupada em agarrar-se à vantagem pela qual tanto teve de trabalhar.

A bola foi ter com André Almeida, à direita, e o lateral só se preocupou em cruzá-la rápido para a área. O cruzamento até foi um pouco para trás em relação à linha onde estavam os avançados do Benfica, e por isso era preciso um pé com jeito de pantufa para matar ali a bola, com tantos adversários à volta. Raúl Jiménez teve-a no pé direito que esticou para trás para deixar a bola à sua frente, na área. Depois, o avançado bateu-lhe com força para fuzilar a baliza da Académica.

É o mexicano que resolve o problema ao Benfica.

85' | 1-2 | GOLAÇOOOOOO JIMÉNEZ!!!!!!! #JUNTOS #SejaOndeFor pic.twitter.com/gF7iMuu8Tq

— SL Benfica (@SLBenfica) April 9, 2016

A história diz isto.

#AACxSLB: AAC x SLB empatados em Coimbra aos 75 minutos: aconteceu em 15 ocasiões, e em 12 o empate foi mesmo o resultado final. #playmaker

— Playmaker (@playmaker_PT) April 9, 2016

Ui, por pouco! Gaitán bateu um canto à esquerda e Jardel, ali perto da linha da pequena área, saltou sozinho para cabecear. Aliás, tinha a companhia de Carcela, que o parece ter atrapalhado um pouco, porque o brasileiro não acertou com o cabeceamento na baliza. Esta foi uma oportunidade das boas para o Benfica marcar.

Já dizia Quinito. O Benfica põe a carne toda no assador, porque sai Eliseu para entrar Raúl Jiménez, um avançado.

Isto era para se fazer de cabeça, mas Talisca foi lá com as mãos. Gaitán enganou Nii Plange à esquerda, ganhou espaço perto da linha de fundo, cruzou a bola e o médio brasileiro esticou os braços para lhe tocar. Assim se perde uma jogada, com uma parvoíce.

Defesa um pouco à balda de Pedro Trigueira! Eliseu foi mesmo até à linha de fundo para cruzar a bola rasteira, para trás. Nico Gaitán rematou-a de primeira já dentro da área e o guarda-redes da Académica defendeu como pode porque a bola ainda desviou no corpo de um defesa.

A estratégia do Benfica parece agora ser esticar ao máximo as trocas de bola e tentar obrigar um dos cinco ou seis homens que a Académica mantém em linha, lá atrás, a afastar-se do centro. Seduzir alguém para estragar a organização. Porque Gaitán e Carcela estão agora bem abertos nas alas, o que é preciso é que a bola lhes chegue várias vezes e que ande de lá para cá de forma rápida.

O treinador da Académica joga com o tempo e com as paragens. Agora tira o capitão Marinho para Hugo Seco ir a jogo.

Sai Giorgios Samaris e entra Anderson Talisca. Já não há médios do Benfica em campo com mais olho para defender do que para atacar.

Até bateu com a cabeça no poste! André Almeida, à direita, fez um lançamento lateral longo para a área, onde Jardel penteou a bola para trás, adivinhando que Jonas estaria ali para saltar e rematar. Foi o que o brasileiro fez e obrigou Pedro Trigueira a atirar-se para a base do poste esquerdo e dar uma patada na bola. Melhor parada do jogo até agora.

Agora é o marcador do golo que se vai embora. Sai Pedro Nuno para entrar Rui Pedro, alguém mais habituado a ter a bola nos pés do que a ter de roubá-la aos adversários.