Histórico de atualizações
  • "A minha campanha é barata"

    “A minha campanha é muito barata e o governo português é que está a pagar pelos hotéis e pelos bilhetes de avião”, afirmou António Guterres perante uma pergunta de uma jornalista alemã. Guterres lembrou ainda que a sua campanha está limitada pelos problemas financeiros do país.

  • Na última intervenção da noite o Alto Comissário para os Refugiados voltou a falar da importância da descentralização das decisões que afetam localidades, nomeadamente no que concerne as tropas da paz, já que estas precisam de ter mais liberdade para tomar decisões de campo.

    O futuro da organização tem que passar pelo maior diálogo e coordenação das várias instituições sobre a alçada das Nações Unidas. Para tal é essencial simplificar a linguagem e usar as plataformas digitais. O diálogo é a ferramenta que destaca como essencial tanto dentro, como fora da instituição.

    Guterres falou uma vez mais da questão das migrações e garante que a imigração é necessária para os países europeus em que a taxa de natalidade é muito baixa. Receber imigrantes é essencial para a sustentabilidade destes países, dos quais apontou Portugal como exemplo.
    Fruto também dos fluxos migratórios, o candidato a Secretário-Geral da ONU disse que “as nossas sociedades estão a tornar-se multiculturais e isso é positivo”, mas é essencial combater a exclusão e o extremismo.

    Com Inês Linhares Dias

  • António Guterres vai agora falar à imprensa durante alguns minutos.

  • Novo candidato conhecido durante audição de Guterres

    Já terminou a audição de António Guterres e foi anunciado um novo candidato: Vuk Jeremic, da Sérvia. Jeremic é ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e presidiu à Assembleia Geral em 2013.

  • Guterres quer mundo "livre de armas nucleares"

    António Guterres respondeu ao México dizendo que tem o sonho de um mundo livre de armas nucleares, mas que tal como todos os sonhos, acorda “com a realidade da existência destas armas”.

  • Com uma sequência de quase 15 perguntas, o presidente da Assembleia Geral deu 15 minutos adicionais a Guterres para responder a todos os países. Isto não foi necessário nas audições anteriores.

  • Angola perguntou a Guterres como é que pode ajudar o Conselho de Segurança a obter mais resultados e como é que a ONU pode trabalhar em “união”.

  • As duas perguntas para Guterres da sociedade civil partiram da Nova Zelândia e do Burkina Faso. Foi perguntado a Guterres o que estava disposto a fazer para defender o direito da pessoas e da cultura indígena, enquanto dois jovens do Burkina Faso quiseram saber o que é a ONU vai fazer para travar a radicalização dos jovens.

    Guterres respondeu que “ninguém pode ficar para trás” e os direitos dos indígenas têm de ser integrados nos objetivos do desenvolvimento sustentável. Já sobre a radicalização, o antigo primeiro-ministro quer dar voz aos jovens e quer que o emprego jovem seja uma prioridade de modo a evitar que os jovens fiquem numa situação em que são seduzidos pelo discurso do ódio.

  • Demasiadas reuniões, muito poucas decisões

    Quanto ao funcionamento da instituição Guterres quer fomentar o diálogo entre as diferentes organizações das Nações Unidas. Quer apostar na descentralização da tomada e decisões, já que este mecanismo permite tomar medidas mais adequadas a cada problema. Mas também que se torne mais eficaz. “Há demasiadas reuniões, demasiadas pessoas a trabalhar em demasiados temas e muito poucas decisões“, referiu.

    Admite também que é essencial que haja mais transparência dentro da instituição e diz que é essencial que sejam tomadas medidas de responsabilização quando necessário. Afirmou ainda que é essencial que todas as organizações das Nações Unidas incluam os direitos humanos na sua missão e no seu modo de trabalhar.

  • António Guterres diz que é fundamental apoiar os países em desenvolvimento, fomentando a economia e protegendo-os dos efeitos nefastos das alterações climáticas, de que são muitas vezes vítimas e para as quais pouco ou nada contribuem. Assim, o apoio a estes países é feito através da angariação de fundos, “sem descurar a preservação ambiental”.

    No contexto da intervenção em sociedades vulneráveis, Guterres diz que considera essencial apostar no desporto, garantindo que passa a ser visto como um direito a que todas as crianças devem ter acesso. Este tópico é para ele particularmente importante, já que o desporto é essencial para promover o diálogo intercultural, promovendo a integração entre pessoas de diferentes culturas e religiões.

  • Guterres responde aos Estado Unidos dizendo que os mandatos do Conselho de Segurança têm de ser claros e que para isso pretende colaborar com este órgão. Quanto às violações por pessoal das missões de paz, Guterres é perentório. “Temos de nos unir todos para garantir que não há mais impunidade nas violações e abusos sexuais”, afirmou.

    Sobre as suas capacidade de liderança, Guterres garantiu que não quer liderar por liderar, mas sim ser respeitado e liderar através de consenso.

  • Audições são uma novidade e as missões junto da ONU estão a falar sobre isto nas redes sociais. Aqui está um tweet da missão britânica:

  • Guterres continua a receber várias perguntas sobre a sua candidatura e o que pretende fazer como secretário-geral. Tem agora a palavra os Estados Unidos. “Como é que equiparia melhor a ONU para os desafios da paz? Está disposto a usar meios no terreno? E como pretende defender as pessoas de abusos dessas mesmas pessoas?”. Há agora outra pergunta do Reino Unido: “O Reino Unido está à procura de um líder forte para a ONU. O que vai fazer para fortalecer o seu possível lugar?”. Estas perguntas são importantes já que estes dois países integram o Conselho de Segurança e têm direito de veto sobre o nome do próximo secretário-geral.

  • Guterres quer combater terrorismo "com todas as armas"

    António Guterres garantiu ainda que vai manter um clima de “estreita cooperação” com a União Africana, admitindo que o continente africano precisa de muito apoio, ainda que tenha sido o que mais cresceu na última década.

    Quanto ao terrorismo, afirma que “temos que garantir, em primeiro lugar, que estamos a lutar com todas as nossas armas”. Acrescentou que as Nações Unidas aprovaram uma estratégia para o terrorismo, mas até agora não houve uma concertação internacional para o problema.

  • "Passei a minha vida toda a resolver crises"

    António Guterres recorreu ainda à sua experiência nacional afirmando que foi capaz de encontrar consensos na implementação da Agenda de Lisboa, quando Portugal presidiu ao Conselho de Ministros da União Europeia, e pretende fazer o mesmo nos objetivos do desenvolvimento sustentável.

    Como vai ser capaz de coordenar todas as responsabilidades como secretário-geral? Guterres diz que não sabe, mas que pretende trabalhar mais ou menos 24 horas por dia. Ainda sobre a sua capacidade para resolução de conflitos, Guterres assegura passou toda a vida a resolve-las. “Fui líder de um partido durante 10 anos e não há nada pior do que liderar um partido durante 10 anos para resolver crises”, defendeu o português.

  • Igualdade de género para Guterres é "prioridade"

    António Guterres não se deixou desarmar por quem defende que o próximos secretário-geral deve ser uma mulher, defendendo que implementou no PS, enquanto líder uma quota de 30%, “algo que na altura não era fácil na Europa do Sul”. Como Alto Comissário, afirmou que tentou manter a igualdade de género já que para si “a paridade é essencial”.

  • Primeira referência a Portugal

    No meio da sua resposta, António Guterres brincou que foi acusado como primeiro-ministro de Portugal de recorrer “demasiado ao diálogo”, mas que mantém esta preferência e vai manter o diálogo como prioridade se for eleito para secretário-geral.

  • O representante da Dinamarca, em nome dos países nórdicos, afirma que o Conselho de Segurança tem sido incapaz de ser eficaz a nível de conflitos e pergunta a Guterres, como secretário-geral, como pretende ter um mandato mais forte. Pergunta também como é que Guterres quer envolver a sociedade civil na ONU.

  • Fala agora o Gana, em nome dos 56 países que defendem que o próximo secretário-geral da ONU deve ser uma mulher. “Só 25% dos cargos de topo na ONU são mulheres. Como secretário-geral seria a sua responsabilidade nomear mais mulheres. O que pretende fazer caso consiga ser eleito?”, pergunta a representante do Gana.

  • O Luxemburgo fala em nome do grupo Accountability, Coherence and Transparency que agrega 25 pequenos e médios países. Pergunta sobre a importância da prevenção que Guterres já falou na sua carta. Quais seriam as prioridades de Guterres? Como reforçaria a capacidade de prevenção e mediação da ONU?

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