Algumas das mais de 200 raparigas raptadas em abril de 2014 de uma escola em Chibok, no norte da Nigéria, estão vivas. O grupo radical islâmico Boko Haram divulgou um vídeo que mostra cerca de 15 de raparigas, que alegadamente fazem parte do grupo de raparigas raptadas de uma escola há cerca de dois anos e meio.

A CNN teve acesso exclusivo ao vídeo enviado às autoridades nigerianas, que estão a negociar a libertação das reféns, pelos militantes do Boko Haram como “prova de vida”.

Acredita-se que as imagens tenham sido captadas em dezembro passado, como parte das negociações entre o governo da Nigéria e o Boko Haram. As duas partes já haviam tentado o entendimento com vista à libertação das raparigas, mas sem sucesso.

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O vídeo terá sido divulgado agora por alguém não identificado que deseja mostrar às famílias que as filhas ainda estão vivas com o objetivo de pressionar o governo a mobilizar mais esforços para que sejam libertadas.

As raparigas surgem nas imagens de cabelo coberto e vestidos longos e fluidos, sem sinais óbvios de maus tratos. Três das mães afirmam ter identificado as filhas no vídeo, segundo informações divulgadas pelos meios de comunicação locais, refere o El Mundo.

As autoridades nigerianas advertiram, no entanto, que é necessário aprofundar o processo de identificação das raparigas. O grupo tem por hábito enviar “pistas falsas” que dificultam o trabalho das autoridades em descobrir o verdadeiro paradeiro dos sequestrados.

O rapto das 219 raparigas em Chibok foi apenas mais um das centenas de atos terroristas levados a cabo pelo grupo Boko Haram, que tem espalhado o terror na África Ocidental nos últimos anos. O sequestro originou o movimento mundial #BringBackOurGirls, que mobilizou muitas personalidades a chamarem a atenção para a tragédia humanitária a acontecer na Nigéria, incluindo Michelle Obama.