A Fosun quer abrir o mercado chinês às startups estrangeiras, entre elas as portuguesas. Na apresentação do Protechting, um programa de captação e aceleração de startups (organizado pela Fidelidade e a Fosun, em parceria com a Beta-I), o líder executivo do grupo chinês (que é o principal acionista da Fidelidade), Liang Xinjun, afirma que o projeto foi “muito importante” para o grupo e manifestou o desejo de “apoiar os jovens portugueses”, para que “cada vez mais jovens portugueses possam começar o seu próprio negócio”. Essa ajuda poderá ser feita através da abertura do mercado chinês: “[Queremos] levar os jovens portugueses a conhecerem melhor os investidores chineses”, disse.

Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de o grupo chinês vir a investir diretamente em alguns projetos portugueses que se candidataram ao Protechting, Liang Xinjun explicou que a Fosun pode “investir, não apenas no vencedor” mas em outros dos candidatos, que apresentaram o seu produto na sede da Fidelidade, esta quarta-feira. “Não se trata apenas do dinheiro chinês, mas do mercado chinês” no seu todo, explicou, sublinhando que o mercado português é “pequeno” e que as empresas nacionais têm de olhar “pelo menos para o mercado europeu”, se não mesmo para o mercado mundial.

O grupo chinês, que diz ainda querer “ajudar os outros países a criar uma dinâmica empreendedora”, levará as três startups vencedoras até à China, para um roadshow junto de investidores locais. Para além disso, a Fosun organizará um “pitch day” (um dia de apresentações para startups) na China, para “os vencedores e para algumas das melhores equipas” que se apresentaram no Protechting. “Haverá um pitch day, por volta de dia 18 de junho. Será uma oportunidade para [alguns dos projetos escolhidos pela Fosun] mostrarem o seu produto e atraírem investimento”, acrescentaram os responsáveis. E entre os projetos escolhidos estarão startups portuguesas.

Haverá um pitchday para as startups e para as empresas portuguesas (…) na China. [Nesse pitch day, as empresas portuguesas] estarão a competir com outras empresas e com startups chinesas”, afirmou.

O Protechting deverá agora ser implementado noutros países europeus. O objetivo é “estendê-lo a toda a Europa”, em particular a países como França, Alemanha e Reino Unido (países onde a Fosun está presente), países que “ficaram entusiasmados com o projeto”, revelou o responsável do grupo, que terá estado na corrida à compra do Novo Banco. “Portugal é uma porta de entrar para a Fosun entrar na Europa”, afirmou.

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