O Governo moçambicano assinou um acordo com o Banco Mundial para um empréstimo de 10 milhões de dólares para fomentar os negócios e quebrar barreiras comerciais, confirmou à Lusa o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane.

“Assinámos um projeto que faz parte de um programa de integração regional que tem muito a ver com a melhoria do ambiente de negócios e a competitividade das nossas economias”, disse o ministro nesta quinta-feira, após sair de reuniões com funcionários do Fundo Monetário Internacional (FMI) e participar num painel no Banco Mundial.

O acordo foi firmado antes das reuniões de primavera do Bretton Woods, em Washington, que decorrem até ao próximo dia 17.

A delegação moçambicana é liderada pelo ministro Adriano Maleiane, na qualidade de governador do Banco de Moçambique, e conta também com Adriano Ubisse, da Direção Nacional de Investimento e Cooperação.

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O crédito será destinado a fortalecer as reformas do Programa Acelerado para a Integração Económica (APEI) e terá três anos de tempo de implementação.

“Temos de olhar para organizar o comércio fronteiriço, facilitar a legislação que tem a ver com o comércio”, afirmou o ministro.

Com este crédito, Maleiane espera que haja dinamização da economia e um efeito positivo no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique.

O FMI e várias entidades independentes já tinham avançado com uma previsão de crescimento do PIB abaixo dos 7% para Moçambique, apontando as cheias, a crise política e militar e o baixo preço dos produtos que o país exporta como fatores do abrandamento da economia moçambicana.

“As projeções são sempre projeções. Nós estamos a trabalhar para contrariar esta ideia de que tudo vai cair. Seja o que seja, vai ser um crescimento ainda assinalável”, disse.

Além de Moçambique, Maurícias, Seychelles e Malawi devem assinar o mesmo acordo com o Banco Mundial.