A leitura da decisão instrutória no processo dos vistos Gold foi adiada devido ao atraso nas traduções de português para mandarim, noticiou a TSF. Ver os processos traduzidos para a língua materna é um dos direitos dos arguidos.

Só o despacho de acusação tinha originalmente 550 páginas, escritas em português, que os três arguidos chineses não abdicaram de ver traduzidas em mandarim, apesar de terem advogados portugueses. Depois de conhecido o despacho, o Ministério Público encontrou algumas gralhas no documento original que tiveram de ser corrigidas e novamente traduzidas.

Enquanto esta errata não estiver traduzida para mandarim, o juiz Carlos Alexandre não pode realizar a leitura da decisão instrutória. Embora já tenha decidido se os arguidos vão a julgamento ou não, a decisão só será conhecida depois da tradução, que só estará pronta no final do mês, refere a TSF. Mas como os arguidos terão 10 dias, depois de notificados, para se pronunciarem, o juiz Carlos Alexandre pode só dar a conhecer a sua decisão no final de maio.

A acusação foi assinada a 13 de novembro e divulgada quatro dias depois, cerca de um ano passado das primeiras detenções. A Operação Labirinto, que envolveu várias buscas e 11 detenções, em novembro de 2014, está relacionada com a aquisição de vistos Gold e investiga indícios de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato, abuso de poder e tráfico de influências.

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