O Tribunal da Relação decidiu revogar a sentença que obrigava Gonçalo Amaral, o ex-inspetor da PJ que acusou os pais de Madeleine de estarem envolvidos no desaparecimento da criança, a pagar uma indemnização de 500 mil euros acrescidos de juros ao casal McCann.

A notícia começou por ser avançada pela SIC Notícias e já foi confirmada pela advogada do casal McCann. De acordo com a informação avançada pela estação de Carnaxide, o casal McCann já anunciou que vai recorrer da decisão do Tribunal da Relação.

Madeleine McCann, ou Maddie, desapareceu a 3 de maio de 2007, na vila da Luz, Lagos, depois de ter sido deixada sozinha com os seus dois irmãos no apartamento algarvio onde a família passava férias. Quase dez anos depois, ainda não é conhecido o destino da criança, que, na altura do desaparecimento, tinha apenas três anos.

No centro da acusação dos McCann está o livro Maddie: A Verdade da Mentira. Nessa obra, o ex-inspetor da PJ não corroborava a tese de rapto e sugeria antes que a criança terá morrido por acidente e que os pais de Maddie terão ocultado o cadáver da criança.

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Numa primeira fase, o tribunal condenara Gonçalo Amaral a pagar 500 mil euros mais juros a Kate e Gerald McCann. O ex-inspetor da PJ, que alegou sempre ter sido afastado do caso “por causa do rumo que a investigação estava a tomar”, recorreu da decisão e vê agora o Tribunal da Relação a dar-lhe razão.

Ao Público, Isabel Duarte, advogado do casal britânico, confirmou a decisão da Relação. “A sentença foi totalmente revogada. Não deixo de registar a estranheza desta decisão de que vamos recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça.”

O mesmo jornal explica que, com a revogação da sentença, fica também anulada a decisão de proibir a venda e a produção de novas edições do livro, assim como de novas edições do DVD.