Uma das teorias mais aceites para a extinção em massa dos dinossauros, há 66 milhões de anos, é a queda de um asteroide na zona da península do Iucatão, no México. Mas agora a equipa de Manabu Sakamoto, investigador na Universidade de Reading (Reino Unido), mostrou que os dinossauros já estariam em declínio muito tempo antes desse cataclismo de dimensões planetárias, referiu a revista The Atlantic.

Depois de aparecerem, os dinossauros deram origem a muitas espécies diferentes. Mas o ritmo a que apareciam as novas espécies foi diminuindo, em relação à taxa a que se extinguiam as espécies antigas, desde há 114 milhões de anos. Pelo menos segundo o estudo agora publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Autores anteriores tinham-se baseado no registo fóssil para apresentar a mesma ideia, mas rochas diferentes têm capacidades distintas para formar e preservar os fósseis. Agora, a equipa de Manabu Sakamoto usou a árvore filogenética (representação gráfica das relações evolutivas entre espécies) para chegar a estas conclusões. Mas esta ideia não está isenta de contestação.

Mesmo não estando sujeito às características geológicas, a evolução dos dinossauros não é perfeitamente conhecida: podem existir elos ainda não identificados nesta árvore e as ligações evolutivas entre espécies, desenhadas pelo homem nas árvores filogenéticas, vão sendo alvo de alterações à luz de novas descobertas.

Ainda assim, mesmo que este declínio proposto pudesse ter tornado os dinossauros mais suscetíveis à extinção, provavelmente nada poderia evitar a extinção em massa depois da queda do asteroide, pois alterou dramaticamente as condições de vida no nosso planeta ao obscurecer a atmosfera, assim filtrando a luz solar.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR