A chanceler Angela Merkel admitiu que a Alemanha está a considerar enviar tropas para a Lituânia, como parte de uma missão da NATO para reforçar o flanco oriental da aliança com a Rússia.
“Atualmente, estamos a analisar como podemos continuar o nosso compromisso e talvez até mesmo reforçá-lo (…) a fim de garantir a segurança de todos os Estados (NATO), especialmente no leste”, disse a chanceler, os órgãos de comunicação social, depois de falar com o primeiro-ministro lituano, Maris Kucinskis.
Angela Merkel sublinhou que qualquer desenvolvimento deve ter como objetivo evitar inflamar tensões com Moscovo. “No entanto, eu pessoalmente sempre enfatizei que é muito importante para nós agirmos no âmbito do ato NATO-Rússia”, um acordo de 1997 sobre as relações pós-Guerra Fria.
Que, por exemplo, proíbe o estacionamento permanente de forças e equipamentos significativos nos antigos Estados-membros do Pacto de Varsóvia.
A Polónia, em particular, pressionou recentemente a NATO para estabelecer, “tão permanente quanto possível”, uma presença nos antigos Estados comunistas, outrora governados a partir de Moscovo, para combater a ameaça crescente da Rússia, após a sua intervenção na Ucrânia.
A Rússia culpa a NATO por aumentar o risco de conflito devido ao aumento das suas tropas na Europa Oriental.
O Conselho NATO-Rússia, que tem estado tremido desde que a aliança cortou os laços práticos com Moscovo em forma de protesto contra a anexação da Crimeia, em 2014, reuniu-se na semana passada em Bruxelas, mas separaram-se em acrimónia sobre a Ucrânia e outras questões.
O ministro da Defesa da Lituânia, Juozas Olekas, saudou a proposta alemã como “um passo firme no caminho da solidariedade que aumenta a nossa segurança comum”.
A Polónia vai acolher uma cimeira da NATO em julho deste ano, onde estas mudanças e outras propostas serão formalmente concluídas.