O diretor do Cearte – Centro de Formação Profissional do Artesanato, com sede em Coimbra, assumiu esta sexta-feira o desafio de reforçar o aumento das qualificações e das competências profissionais ao nível do artesanato.

Segundo Luís Rocha, nas últimas três décadas a instituição deu formação a 40 mil pessoas, distribuídos pela sede, pelos polos de formação de Alvaiázere e Semide (Miranda do Corvo) e por todo o país, através de uma rede de parceiros, com uma taxa de empregabilidade de 62%.

“Temos muitos milhares de pessoas a quem mudámos efetivamente a vida, além de milhares de empresas criadas a nível nacional, com quem temos responsabilidades, porque acompanhamos muitos deles a nível nacional, que ficaram clientes”, disse o responsável.

Para o diretor do centro, essa é a demonstração da mais-valia da formação e da sua importância na vida de cada um dos formandos, na medida em que “a generalidade deles volta todos os anos para aperfeiçoar os conhecimentos e melhorar as suas competências, acreditando que, de facto, a formação é um instrumento para serem os melhores, para o sucesso das empresas ou conseguirem um novo emprego”.

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O Cearte intervém na qualificação profissional de jovens e adultos, na formação contínua de ativos, na certificação escolar e profissional e no apoio, inovação e consultoria, através do Centro de Recursos em Conhecimento para o Artesanato e Laboratório de Orientação Criativa, além de participar e desenvolver projetos transnacionais.

De acordo com Luís Rocha, a instituição assume a responsabilidade de ser o único centro de formação para o artesanato a nível nacional “pela formação, pelo apoio técnico às empresas, pelo trabalho que existe na área de inovação, em que o sucesso está nos produtores que são capazes de aliar tradição com a inovação, de ancorar os seus produtos na identidade portuguesa, que é a marca diferenciadora para os colocar no mercado”.

“O artesanato está na moda, nalgumas situações por necessidade, porque as pessoas não encontraram com os seus cursos uma resposta no mercado de emprego e têm esta capacidade empreendedora de tentar encontrar respostas para as suas vidas no artesanato e que a missão do Cearte é dar-lhes formação tecnológica e técnica para dominarem a produção”, sublinhou.

Salientando que sem se dominar a produção “não se vai a lado nenhum”, o diretor do centro diz que “já lá vai o tempo em que o artesanato podia produzir artigos de menor qualidade, mas hoje o que se vende é de altíssima qualidade e é por aí que se tem de ir: pela excelência da produção”.

Além do reforço e aumento das qualificações e competências profissionais, o responsável do Cearte salientou que, no futuro, outro dos grandes objetivos passa pelo centro ser o “responsável a nível nacional pela carta de artesão e de unidade produtiva e pela certificação das produções artesanais tradicionais, que são instrumentos que podem constituir uma mola dinamizadora para que o setor se afirme ainda mais”.

Luís Rocha intervinha na cerimónia de apresentação do programa comemorativo dos 30 anos do Cearte, que foi criado a 29 de abril de 1986, através da assinatura de um protocolo de cooperação entre a Cáritas Diocesana de Coimbra e o Ministério do Trabalho e da Segurança Social.

Até abril de 2017, a instituição vai desenvolver um conjunto de atividades todos os meses de forma a mostrar o trabalho realizado e a promover a formação e os seus resultados.