“Claro que os Beatles não lançaram tantos discos mas tenho edições da Coreia, Singapura, Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, França, Portugal, Jugoslávia, Rússia, entre muito mais”, explicou à Lusa o colecionador Vítor Coutinho.

Entre as “raridades” que integram a exposição “The Beatles – Sons e Tons” destacou “o álbum branco, com um exemplar no Old Dock Museum Experience, em Liverpool, o ‘Black’ que é o ‘bootleg’ mais raro da história da música, a coleção de discos dos Beatles na BBC de Londres, a primeira edição “Let it Be” com livro, que foi logo retirada do mercado por ser cara e o Wedding Álbum, do casamento dos Beatles”.

A mostra que abre, no sábado, no Museu do Traje, em pleno centro da cidade, integra apenas 2.600 dos mais de 36 mil discos em vinil e CD do espólio de Vítor Coutinho. Explicou que nunca tinha pensado em expor a sua coleção, apesar dos convites que já tinha recebido de outras cidades.

“Nunca aceitei porque fazia questão de expor na minha cidade”, adiantou, destacando o apoio do pelouro da Cultura da Câmara de Viana do Castelo que “desde a primeira hora” apoiou o projeto.

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Empresário do ramo da ourivesaria, Vítor Coutinho, que nasceu no Congo Belga há 60 anos, começou a colecionar discos em 1968, quando tinha apenas 12 anos, quando a avó lhe ofereceu os primeiros dois discos em vinil, dos Bee Gees e Bob Dylan.

“A partir dessa altura comprei mais uns 50 discos e ainda nem tinha gira-discos. Há mais de 20 anos comecei a olhar para o que tinha reunido e comecei a procurar raridades”, explicou.

Os discos que agora vai expor “são acompanhados de um texto informativo, sobre a história dos Beatles e a obra em particular”.

“Fico contente porque é uma oportunidade para as pessoas verem ‘in loco’ o que muitas vezes só encontra na Internet. É importante para mim e penso que também é importante para a cidade que vai ser palco da primeira exposição dos Beatles em Portugal”, sublinhou.

A mostra vai estar patente entre 30 de abril e 26 de junho, no Museu do Traje.