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  • E é tudo do estádio do Dragão.

    Leia aqui a crónica com as incidências do jogo, “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”. Eis um cheirinho do que lá se escreve: “Não havia cá espaço a patrocinadores e nomes longuíssimos. Ainda se chamava Campeonato Nacional da I Divisão. Só. Estávamos na temporada de 1969/1970. Mais concretamente a 8 de fevereiro de 1970. Nessa tarde, o Sporting treinador por Fernando Vaz, com Damas (ainda catraio, apenas na sua segunda época como titular) na baliza, o capitão Hilário na lateral canhota e o ponta-de-lança Lourenço a pairar na área adversária, foi vencer ao velhinho estádio das Antes por 1-0. O golo foi precisamente de Lourenço — o tal que fez um “póquer” na Luz em 1965. Esse foi o derradeiro ano em que o Sporting, sendo campeão no final, venceu o FC Porto como visitante. Está época poderá ser ou não. Não é líder, mas não dá o título por entregue ao Benfica. E podia, se perdesse ou empatasse na deslocação ao estádio do Dragão.”

    Até mais!

    https://twitter.com/playmaker_PT/status/726494841899782144

  • Contas feitas, o Sporting agarrou-se ao título (ou pelo menos à luta) com unhas e dentes. E fê-lo deste o primeiro minuto. Foi quase sempre superior, a defesa do FC Porto viu-se negra com Slimani pela frente, e sofreu dois golos na área, depois de deixar o argelino à solta nas marcações.

    No recomeço, e mesmo tendo sofrido o 2-1 em cima do intervalo, o FC Porto puxou pelos galões do orgulho (resta-lhe pouco mais do que isso e uma Taça até final), e incomodou Patrício. Peseiro mexeu bem, fez entrar André André e Varela, e o flanco direito dos azuis-e-brancos começou a dar água pela barba a Ruiz e Marvin. Mas aí Jesus foi mestre: não só a entrada de Bruno César secou aquela fonte de perigos, como o “chuta-chuta” arrumaria com o jogo por aquele lado — com uma mãozinha, ou falta dela, de Iker Casillas.

    Na frente, tudo na mesma: o Benfica é líder com dois pontos de vantagem sobre o rival da Segunda Circular, vai à Madeira na próxima ronda defrontar o Marítimo, e recebe os também madeirenses do Nacional na derradeira jornada. O Sporting, por sua vez, ainda recebe o V. Setúbal e termina o campeonato na “Pedreira”, em Braga.

    É caso para dizer: aguenta coração!

  • Ora aqui estão os números deste clássico:

  • Prii, priiiiii, priiii! E acabou o jogo no estádio do Dragão.

    https://twitter.com/bola24pt/status/726492190319480832

  • Sai João Mário e entra Paulo Oliveira. Jesus queima os últimos cartuchos de jogo.

  • GOLO! 3-1 para o Sporting

    Casillas entrega a vitória ao Sporting num lance onde é mal batido. Mas o mérito é todo de João Mário, que da direita se pôs na esquerda num ápice, avança pelo meio-campo fora, e ainda teve força para desmarcar Bruno César nas costas de Chidozie. O brasileiro, acabadinho de entrar, deu razão a quem o apelidou de “chuta-chuta”, e chutou mesmo. O remate foi forte e rasteiro, Casillas fez-se ao lance, mas a bola passou-lhe entre o peito e o braço direito, num lance em que se pedia mais. Depois foi ver o espanhol a correr atrás da bola, mas não foi a tempo de a tirar de dentro da baliza. Os adeptos saíram aos magotes do estádio depois do 3-1.

  • FCP 1 SCP 3 (aos 86')

    Bruno César, recém-entrado, aumenta a vantagem.

  • É o tudo por tudo: sai o central Chidozie e entra o ponta-de-lanças dos BB André Silva.

  • Tinha o pé quente, marcava há quatro jogos, mas hoje Teo ficou em branco. Sai agora e entra na sua vez Bruno César. Jesus vai fechar a direito, onde Varela tem estava irrequieto desde que entrou. André André também cai muito nesse flanco.

  • Não encheu o Dragão (a época não está para isso), mas a casa compôs-se para o clássico.

  • Até ver, Slimani está a ser o melhor em campo. E não é só pelos golos que fez:

  • O livre era longe da área. E descaído para a direita. Pedia-se uma canhota, talvez. Mas a verdade é que só lá estava o pé direito de Herrera. Que grande arco precisava o mexicano de fazer para que a bola passasse a barreira e batesse Patrício. E fê-lo. Ia o remate mesmo na direção do canto superior direito da baliza do Sporting, naquele canto onde se diz que a coruja faz o ninho, mas Patrício ainda foi a tempo de desviar para canto, com uma palmada.

  • Entretanto, entrou Varela para o lugar de Corona.

  • Que defesa! Insisto: que defesa! Ruiz cruzou da esquerda para a área, Slimani saltou nas costas de Danilo e Chidozie ao segundo poste, falharam os dois o corte, e Slimani cabeceou só. E cabeceou com a potência que muitos avançados não têm nas botas, quanto mais na cabeça. Casillas, todo no ar, defendeu só com a luva esquerda, para longe. Cheirou a 3-1 e a hat-trick de Slimani.

  • Não se via um jogador do Sporting a repetir um bis contra o FC Porto, na mesma época, desde o tempo em que se ouvia a música dos Cinco Violinos.

  • Não sabemos o que Slimani disse, mas lá que praguejou, praguejou. Porquê? Porque Teo, primeiro, e João Mário, depois, nenhum deles o assistiu. E até foi ele, Slimani, quem iniciou o contra-ataque do Sporting. Desmarcou Teo na direita, escapou para a área, Teo fez um compasso de espera, José Ángel caiu-lhe em cima, e o colombiano, ao invés de cruzar para a área, para o argelino, passou para trás. Estava lá João Mário, que rematou na passada. Na verdade foi mais um “passe”, de tão fácil que foi para Casillas defendê-lo.

  • É José Peseiro quem primeiro mexe: sai Sérgio Oliveira e entra André André. Perde-se qualidade na circulação (não que André não a tenha, mas Sérgio é de fino recorte), ganha-se intensidade.

  • Só se escutam os adeptos leoninos nas bancadas do Dragão: “Farei o que eu poder pelo meu Sporting…”, cantam eles, em alto e bom som. E isto porque o FC Porto, que até entrou melhor, tem piorado a olhos vistos.

  • Não deu em golo, mas podia. Ah, se podia. Que combinação dos avançados-centro do Sporting. Schelotto, num dos seus vai-e-vem pela direita, encontrou Slimani à entrada da área, o argelino, como é matulão, aguentou a marcação, e isso deu tempo para que Teo se desmarcasse. Depois, Slimani “picou” a bola sobre a defesa do FC Porto, Teo recebeu-a na área, e cruzou. Mas cruzou para a frente. Se isso é um problema. É. E é quando Ruiz acha que o cruzamento será dois passos para trás e faz o movimento contrário. O Sporting está a crescer numa segunda parte onde entrou pior.

  • A trave ainda estremece por esta hora. O livre era frontal, ligeiramente descaído sobre a esquerda, e só Sérgio Oliveira lá estava para marcar. Não tomou muito balanço, aguardou de mão na anca pelo apitou de Soares Dias, e rematou quando este soou. Um remate em arco, forte, ao qual Patrício (mesmo voando como voou) dificilmente chegaria. O FC Porto entrou melhor.

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