Fernando Faria de Oliveira está otimista e diz ver uma “clara melhoria” na relação entre o Governo e o governador do Banco de Portugal, mas também considera que a manutenção de Carlos Costa no cargo “depende dele e de se criarem condições de funcionamento transparente colaborativo com o Governo”.

A afirmação foi feita numa entrevista ao Jornal de Negócios, onde o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) elogia Carlos Costa, por ser “extremamente íntegro, com elevado sentido de responsabilidade, com sentido ético, de dever público” e “numa situação particularmente difícil”. Faria de Oliveira diz-se ainda “perplexo com o tratamento público” dado ao Banco de Portugal, argumentando com o risco das “consequências negativas”que as críticas do meio político à instituição possam acarretar: “Fragilizar qualquer instituição é fragilizar o país”.

O presidente da APB fala ainda do Novo Banco e da ideia de nacionalização: “Não teríamos nada a objetar”. Ainda assim, Faria de Oliveira acredita pouco nesta possibilidade. “Tenho muitas dúvidas que possa ser nacionalizado no quadro vigente”. Lembra que a Inglaterra seguiu esse caminho, de nacionalizar bancos e rentabilizá-los para vender, mas também avisa que em Portugal, a experiência com “o adiamento de decisões de venda de instituições bancárias não tem trazido bons resultados.

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