Promete ser um fim de tarde entre o animado e o caótico aquele que Lisboa se prepara para viver esta terça-feira. Às 18h30, um grupo de pessoas vai buzinar para o Marquês de Pombal em protesto contra as obras no chamado eixo central (entre o Marquês e Entrecampos). À mesma hora, um grupo de ciclistas vai para o mesmo local fazer um passeio silencioso, em apoio às obras.

Quem não se quer meter ao barulho é a Associação de Moradores das Avenidas Novas, que se demarcou do buzinão numa carta enviada ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa. A associação, garante o presidente José Soares, “nada tem a ver com este protesto”, que foi convocado através das redes sociais. “Achamos mesmo que este é contraproducente”, lê-se na carta a que o Observador teve acesso.

No Facebook, a associação acrescentou:

O exercício de cidadania em liberdade é uma das conquistas da democracia por isso entendemos e respeitamos que exista diversidade de opiniões e liberdade de participação nesta e noutras iniciativas, mas achamos também importante frisar que continuamos em conversações com a Câmara de Lisboa por forma a encontrar soluções que mitiguem o impacto desta obra.”

O buzinão é promovido por um grupo de pessoas que se uniu numa página de Facebook sob o nome “Lisboa, estaleiro eleitoral”. O grupo alega que não existiu debate suficiente sobre os trabalhos de requalificação das avenidas Fontes Pereira de Melo e da República e das praças Duque de Saldanha e de Picoas. A câmara organizou duas sessões de esclarecimento sobre o tema e a Associação de Moradores das Avenidas Novas organizou outras duas. Nesses encontros, os moradores reclamaram muito contra alguns aspectos das obras e fizeram uma série de sugestões, algumas das quais foram acolhidas pela autarquia.

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