Calunga Gima, cidadão angolano naturalizado holandês, foi esta sexta-feira condenado a quatro anos e meio de prisão por ter invadido, há dois anos, a pista do aeroporto de Lisboa com uma faca de cerca de 20 centímetros, escapando todavia à acusação maior de que era alvo: adesão e apoio a organizações terroristas. O homem, de 29 anos, está desde julho de 2014 em prisão preventiva.

De acordo com o jornal Público, não tendo sido provado o crime de pertença a organizações jihadistas, nem se ter provado que o cidadão angolano se tenha deslocado à Síria para receber treino, como o Ministério Público suspeitava, o homem acabou apenas por ser condenado por ter tentado atacar com uma faca um avião que já estava em vias de levantar voo na pista.

Calunga Gima foi então condenado a três anos por atentado à segurança de transporte aéreo e a um ano e nove meses por posse de arma proibida. O tribunal não considerou o crime de introdução em local vedado ao público uma vez que este crime carece de apresentação de queixa e não foi apresentada nenhuma queixa por qualquer entidade. Se não recorrer da decisão, terá ainda de pagar 10 mil euros à companhia aérea angolana TAAG por danos não patrimoniais.

Não é certo que recorra da decisão, com o advogado de defesa, Bruno Gomes, a considerar que a sentença ficou “a meio caminho: não é boa, nem é má”.

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