Dos 400 milhões de euros anunciados pelo ministro do Planeamento e Infraestruturas para a ampliação das redes de Metro de Lisboa e do Porto nos próximos dois anos, 240 milhões são para o Porto. Um valor que “nem sequer chega para a linha ocidental”, na Boavista, disse Rui Moreira.

O valor que caberá a cada ao Porto e a Lisboa foi anunciado esta terça-feira, em reunião de câmara, pelo presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP). Em Lisboa, o valor será aplicado na expansão da linha entre o Rato e o Cais do Sodré.

No Grande Porto, Rui Moreira salientou que “a manta é muito curta para tudo aquilo que os municípios acham fundamental”. Isto é, as cinco linhas definidas para a segunda fase do prolongamento da rede, quase 38 quilómetros de extensão, onde se incluem Vila D’Este, em Vila Nova de Gaia, Gondomar, Trofa e a ligação entre a Senhora da Hora, em Matosinhos, até ao Hospital de S. João.

O assunto vai ser avaliado pelos municípios envolvidos e a Metro do Porto ” vai fazer um estudo, olhando à oferta e à procura”. Nesse sentido, “achamos que com esse critério o Porto não pode ficar de fora”, disse Rui Moreira, que considera “fundamental” a construção da linha ocidental. Esta ligará Aldoar à Baixa, passando pelo Parque da Cidade, Foz, Campo Alegre, Palácio de Cristal, Hospital de Santo António, Cordoaria e Clérigos, até São Bento.

A decisão de adiar a construção das linhas da segunda fase do Metro do Porto foi tomada pelo Governo socialista de José Sócrates. Com a coligação PSD/PP de Passos Coelho, o projeto nem sequer entrou no Plano Estratégico de Transportes, embora, como protestou Rui Moreira no passado, tenham sido alocados 15 milhões de euros para a extensão da Linha Azul do Metropolitano de Lisboa até à Reboleira.

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